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Cotidiano
A informação foi dada por um ministro do governo e confirmada com um integrante do conselho da estatal
20/06/2022 às 10:03 atualizado em 20/06/2022 às 10:06
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Sede da Petrobras | Fernando Frazão - Agência Brasil
O governo de Jair Bolsonaro (PL) intensificou no fim de semana a pressão sobre o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, e diz que ele vai renunciar ao cargo.
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A expectativa é de que o executivo deixe a empresa ainda nesta segunda (20).
A informação foi dada à Folha de S.Paulo por um ministro do governo, e confirmada com um integrante do conselho da estatal. O colegiado, até então majoritariamente ao lado de Coelho, teria retirado o apoio a ele, o que teria selado a sua queda.
O atual presidente, assim, teria capitulado à pressão, aceitando pedir demissão sem esperar que uma assembleia de acionistas o destitua do cargo.
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Mauro Coelho convocou uma reunião extraordinária da diretoria da empresa nesta manhã, e o esperado é que ele fale sobre o assunto com os colegas.
"Ou ele renuncia, ou será destituído", disse à coluna um segundo ministro.
Procurado, Mauro Coelho não respondeu à ligação. A assessoria da Petrobras diz que a empresa não vai comentar os rumores sobre eventual renúncia.
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No dia 24 de maio, o presidente anunciou que trocaria o comando da estatal e indicou o nome do então secretário de Desburocratização do Ministério da Economia, Caio Mário Paes de Andrade, para substituir o atual presidente da empresa.
Mauro Coelho, no entanto, tinha decidido até agora resistir no posto: pelas regras da companhia, ele só poderia ser substituído por uma assembleia extraordinária de acionistas, que ainda não tem data para ocorrer. Pela complexidade da empresa, ela pode demorar até 60 dias para ser finalizada.
Por isso, um mês depois do anúncio, Bolsonaro ainda tinha o dissabor de ver Mauro Coelho no cargo.
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A situação se agravou na semana passada depois que a petroleira anunciou mais um aumento, de 14,26% para o diesel e de 5,18% para a gasolina.
Bolsonaro afirmou que a empresa pode "mergulhar o Brasil num caos", provocando uma greve de caminhoneiros nos moldes da que paralisou o país em 2018.
O centrão aumentou a pressão sobre a Petrobras no nível máximo. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou que iria para "o pau", abrindo uma CPI contra a estatal e taxando seus lucros. As ações da empresa despencaram.
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Um dos conselheiros que representa os acionistas privados chegou a enviar uma carta para ministros do governo tentando abrir um canal de negociação, em vão.
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