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Cotidiano

Presidente da Câmara de SP diz que fala racista de vereador 'machuca'

Após Arnaldo Faria de Sá dizer que Celso Pitta era um 'negro de alma branca', Milton Leite disse que fala 'atinge nossa população e é inadmissível'

Bruno Hoffmann

13/07/2021 às 14:42

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Milton Leite (DEM) é presidente da Câmara de São Paulo

Milton Leite (DEM) é presidente da Câmara de São Paulo | /Afonso Braga/Rede Câmara

O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (DEM), disse na manhã desta terça-feira que "não vai tolerar atos de racismo como o registrado na sessão desta segunda-feira no plenário". Ele se referia à acusação de racismo contra o vereador Arnaldo Faria de Sá (Progressistas), que disse no dia anterior que o ex-prefeito Celso Pitta era um "negro de alma branca".

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"Como negro que sou, a fala racista do vereador Arnaldo Faria de Sá (PP) machuca, atinge nossa população e é inadmissível", escreveu leite, em nota.

O presidente da Câmara paulistana também estendeu a solidariedade aos vereadores e vereadoras negras da Casa, e disse que "na luta contra o racismo estamos juntos, não há ideologia ou partido que nos separa".

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Entenda o caso

Na noite de segunda-feira (12), o vereador Arnaldo Faria de Sá causou revolta em boa parte dos vereadores da Câmara Municipal de São Paulo ao se referir ao ex-prefeito Celso Pitta como "negro de alma branca".

"Eu me preocupei com um negro, que era o Pitta, o prefeito da Capital, que estava escorraçado, estava sendo atacado, vilipendiado", disse. "Derrotei o impeachment, ele levou seu mandato até o final. Eu estava preocupado com um negro de verdade, negro de alma branca como as pessoas costumam dizer, não podemos ter essa preocupação de não estar preocupado com todos", completou, segundo a "Folha de S. Paulo".

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A fala aconteceu durante discussão do Projeto de Intervenção Urbana do Setor Central.

Depois, Faria de Sá pediu desculpas. "Eu errei, não quero discutir com ninguém, quero pedir desculpas humildemente".

A bancada de vereadores do PSOL anunciou que vai denunciar o vereador no Conselho de Ética da casa após ele usar a expressão. O uso do termo foi registrado apenas em áudio porque o parlamentar participava da sessão plenária remotamente, sem o uso da webcam.

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"Não admitimos racismo na maior Câmara do País e em nenhum lugar. O vereador que falou que já defendeu um 'negro de verdade, um negro de alma branca' logo após minha fala em plenário vai ser levado à Corregedoria", disse Luana Alves, vereadora pelo PSOL.

Outros vereadores, de diferentes correntes políticas, também demonstraram repúdio à fala do colega.

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