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Cotidiano
Após Arnaldo Faria de Sá dizer que Celso Pitta era um 'negro de alma branca', Milton Leite disse que fala 'atinge nossa população e é inadmissível'
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Milton Leite (DEM) é presidente da Câmara de São Paulo | /Afonso Braga/Rede Câmara
O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (DEM), disse na manhã desta terça-feira que "não vai tolerar atos de racismo como o registrado na sessão desta segunda-feira no plenário". Ele se referia à acusação de racismo contra o vereador Arnaldo Faria de Sá (Progressistas), que disse no dia anterior que o ex-prefeito Celso Pitta era um "negro de alma branca".
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"Como negro que sou, a fala racista do vereador Arnaldo Faria de Sá (PP) machuca, atinge nossa população e é inadmissível", escreveu leite, em nota.
O presidente da Câmara paulistana também estendeu a solidariedade aos vereadores e vereadoras negras da Casa, e disse que "na luta contra o racismo estamos juntos, não há ideologia ou partido que nos separa".
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Entenda o caso
Na noite de segunda-feira (12), o vereador Arnaldo Faria de Sá causou revolta em boa parte dos vereadores da Câmara Municipal de São Paulo ao se referir ao ex-prefeito Celso Pitta como "negro de alma branca".
"Eu me preocupei com um negro, que era o Pitta, o prefeito da Capital, que estava escorraçado, estava sendo atacado, vilipendiado", disse. "Derrotei o impeachment, ele levou seu mandato até o final. Eu estava preocupado com um negro de verdade, negro de alma branca como as pessoas costumam dizer, não podemos ter essa preocupação de não estar preocupado com todos", completou, segundo a "Folha de S. Paulo".
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A fala aconteceu durante discussão do Projeto de Intervenção Urbana do Setor Central.
Depois, Faria de Sá pediu desculpas. "Eu errei, não quero discutir com ninguém, quero pedir desculpas humildemente".
A bancada de vereadores do PSOL anunciou que vai denunciar o vereador no Conselho de Ética da casa após ele usar a expressão. O uso do termo foi registrado apenas em áudio porque o parlamentar participava da sessão plenária remotamente, sem o uso da webcam.
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"Não admitimos racismo na maior Câmara do País e em nenhum lugar. O vereador que falou que já defendeu um 'negro de verdade, um negro de alma branca' logo após minha fala em plenário vai ser levado à Corregedoria", disse Luana Alves, vereadora pelo PSOL.
Outros vereadores, de diferentes correntes políticas, também demonstraram repúdio à fala do colega.
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