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Cotidiano
Segundo a gestão municipal, as grades na Rua dos Protestantes ajudarão no trabalho das equipes de saúde e segurança
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Grades na Cracolândia | Reprodução/ Defensoria Pública de SP
Na terça-feira (18/6), a Prefeitura de São Paulo e o Governo de SP implementaram grades de ferro na Rua dos Protestantes, na Cracolândia, região central marcada pela maior concentração de usuários de drogas.
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Essa medida criou uma espécie de corredor, que limita o movimento de pessoas e permite que apenas um terço da rua seja utilizado pelos usuários. Os dois terços restantes ficaram para a passagem de veículos oficiais, como viaturas e ambulâncias.
De acordo o vice-governador Felício Ramuth (PSD), essa seria uma ação é de remanejamento espacial e é mais uma da série de medidas realizadas na Cracolândia em parceria entre o governador Tarcísio (Republicanos) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB). Ele explicou em entrevista ao portal G1, que o objetivo seria liberar parte da via para o trânsito de carros oficiais de segurança e saúde e facilitar a abordagem dos agentes de saúde e assistentes sociais aos usuários.
O uso das grades foi decidido durante reunião entre agentes estaduais e municipais da área da saúde, assistência social e segurança. Os encontros são promovidos sob a liderança de Ramuth semanalmente. A medida será monitorada e poderá ser revogada.
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Não é a primeira vez que a administração municipal recorre à instalação de barreiras físicas como estratégia de gestão urbana. Em 2022, com a migração da Cracolândia para a Praça Princesa Isabel, a prefeitura já havia colocado grades na área, justificando a medida como parte de um esforço de revitalização da praça.
No dia 4 de junho, a Defensoria Pública de São Paulo enviou um ofício à prefeitura no início de junho questionando diversas violações de direitos observadas durante a visita da equipe do Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos (NCDH) em maio.
Entre as preocupações estão a colocação de barreiras físicas que impedem o livre movimento e as abordagens hostis aos moradores da região.
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Em resposta, a administração municipal defendeu a ação da Guarda Civil Metropolitana (GCM), alegando que suas operações se pautam pelo respeito à vida, à segurança dos agentes apoiados e do patrimônio público. A gestão também afirmou que o efetivo está treinado para avaliar proporcionalmente a necessidade e o modo de atuação, visando a preservação da vida e da ordem.
*Texto sob revisão de Lara Madeira
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