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Cotidiano

Prefeitura de SP defende a internação involuntária de dependentes químicos na Cracolândia

O prefeito Ricardo Nunes ressaltou a necessidade reformular e potencializar o atendimento aos usuários no CRATOD

Natália Brito

16/01/2023 às 13:28  atualizado em 16/01/2023 às 13:31

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Cracolândia, no centro de São Paulo

Cracolândia, no centro de São Paulo | Arquivo pessoal

Nesta sexta-feira (13), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), defendeu a internação compulsória de usuários de drogas que estejam há mais de cinco anos na Cracolândia, na região central de São Paulo.  

Nunes afirmou que a prefeitura precisa dar atendimento aos dependentes químicos. "A gente não pode desconsiderar a realidade dos fatos. Quem está no consumo há mais de cinco anos, o poder público precisa dar um atendimento. Se o atendimento for internação involuntária, compulsória, unidade terapêutica, a prefeitura e o governo de São Paulo o fará. O que a gente não pode é ter as pessoas jogadas na rua”.

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Segundo informações do portal “R7”, o prefeito também ressaltou a necessidade reformular e potencializar o atendimento aos usuários no CRATOD (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas). 

A prefeitura pretende atuar por três frentes na Cracolândia: combate ao tráfico de drogas, tratamento médico aos usuários e a reurbanização do espaço no centro da capital.

Falta estrutura 

Para o promotor Arthur Pinto Filho, do Ministério Público de São Paulo, falta estrutura física e humana de saúde e assistência social que consiga atender todos os usuários de drogas de forma adequada.

Outra problemática levantada pelo promotor é a condução involuntária e violenta dos usuários aos hospitais psiquiátricos e centros de acolhimento. “Muitas pessoas eram levadas algemadas”, revelou. Após o breve período de internação, os pacientes também saem sem perspectiva de moradia nem de trabalho; por isso, acabam retornando à Cracolândia.

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