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Cotidiano
O Iphan enviou notificações para alertar que na região existia um terreiro onde foram encontrados achados arqueológicos da cultura afro-brasileira
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a Prefeitura de Carapicuíba, na Grande São Paulo, seguiu com obras de canalização de um córrego | Carapicuíba/Pmc
Mesmo após três notificações do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a Prefeitura de Carapicuíba, na Grande São Paulo, seguiu com obras de canalização de um córrego.
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O Iphan enviou as notificações para alertar que na região existia um terreiro onde foram encontrados achados arqueológicos da cultura afro-brasileira.
O terreiro de Candomblé Ilê Asé Odé Ibulamo, da líder religiosa Mãe Zana, estava no espaço há 30 anos até a demolição em 2022. À época, a gestão municipal tinha pedido a reintegração de posse, concedida pela Justiça.
Desde então, Mãe Zana, a comunidade do terreiro e o Iphan vinham debatendo com a gestão pública a importância da preservação do espaço.
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Mesmo com a área em posse da prefeitura, os pesquisadores acharam uma carta de alforria do avô da Mãe Zana. Também foram achadas louças e outros itens da cultura afro-brasileira pelos técnicos da Rede de Museologia de São Paulo (Remmus) nos escombros onde estava localizado o Ilê.
Os achados seriam objetos de estudo de arqueologia colaborativa com a comunidade do Ilê.
Em documento, o Iphan caracterizou a ação municipal como uma 'mutilação e destruição' do patrimônio e ainda pediu que o Ministério Público Federal seja informado sobre a situação.
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Em 2022, a prefeitura pediu a reintegração de posse do terreno para avançar nas obras do córrego Cadaval.
No site oficial, a gestão afirma que a obra pretende "evitar o transbordamento, o descarte irregular de resíduos, mau cheiro e fazer com que as águas sigam seu fluxo habitual, com isso, impedindo as enchentes".
Em nota, a prefeitura afirma que “edificação do terreiro não só alterou o curso do córrego, mas também seus alicerces estavam sob o córrego”.
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*Texto sob supervisão de Diogo Mesquita
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