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Cotidiano
Ricardo Nunes manifestou preocupação com a saída do delegado responsável pelas ações policiais na região da cracolândia
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Cracolândia | Danilo Verpa/Folhapress
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) anunciou nesta quarta ações para dependentes químicos nas cracolândias, durante visita ao Serviço Integrado de Acolhida Terapêutica II (Siat) de atendimento emergencial, no centro de São Paulo.
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Na visita, o prefeito manifestou preocupação com a saída do delegado Roberto Monteiro de Andrade Júnior, responsável pelas ações policiais na região da cracolândia, na função desde junho de 2021, na 1ª Seccional de Polícia, no centro da cidade.
Para o prefeito, a continuidade das ações policiais de investigação é fundamental. “Porque se tiver essa oferta de droga do jeito que tinha, e os traficantes e a organização criminosa dominando o espaço, não se consegue ter as ações. Apesar de que em algum momento alguém falou que o trabalho de dispersão, de tirar o núcleo de controle do crime organizado, não era correto, vimos o resultado que era correto e era preciso”, disse.
“Mostrei ao vice-governador, Felicio Ramuth, a questão de ter a continuidade, pedi para que, pelo menos, o [delegado] Roberto Monteiro ficasse na prefeitura à disposição”, disse o prefeito.
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Felicio Ramuth também é o responsável por gerenciar as ações do Estado na cracolândia.
O prefeito adiantou que entre os pontos da iniciativa entre a prefeitura e o governo do Estado para o projeto de recuperação do centro da cidade, que será lançado no próximo dia 23, está a questão da saúde. “Sobre a questão da saúde, o estado vai ofertar mais internações, vai fortalecer o Cratod [Centro de Referência de Álcool Tabaco e Outras Drogas]. Não tem muito segredo do que tem que fazer, precisa agora é dar continuidade no que está fazendo”, disse o prefeito.
Já o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco, disse que o estado vai otimizar o Cratod. “O Cratod vai nos ajudar na internação, inclusive nesses pacientes que estão há mais de 10, 5 anos na cena de uso, que, de acordo com estudos, são praticamente 70%. Esse paciente não faz uma adesão voluntária fácil, ele está há muito tempo na cena de uso, ele não quer ser internado. Com esse paciente vamos ter que fazer um trabalho com a colaboração do Cratod, com a colaboração do estado, com as vagas do estado. Vamos fazer um trabalho de rede da psiquiatria na cracolândia”.
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