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Cotidiano
Afastamento inicial é de 90 dias; o vice-prefeito Nilson Merlin (PSDB) assumiu o cargo
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Fraude na compra de tablets afasta Julinho Tomazela (PSDB), prefeito de Conchas, no interior de SP | Reprodução/Redes sociais
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) determinou, nesta segunda-feira (10/06), o afastamento do prefeito de Conchas, no interior do estado, Julinho Tomazela (PSDB). A medida foi tomada em razão de suposta fraude na compra de tablets, os quais eram destinados à rede municipal de ensino.
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Afastado por 90 dias, o cargo de Julinho foi assumido, nesta quarta-feira (12/06), pelo vice-prefeito Nilson Merlin (PSDB).
Eleito em 2020 com apenas 21 anos, Julinho Tomazela foi na época reconhecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como o prefeito mais jovem do Brasil.
Nascido em 28 de agosto de 1999, ele não tem Ensino Superior completo e se diz produtor agropecuário. A época das eleições, declarou patrimônio de R$ 76 mil.
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O pleito em Conchas, aliás, rendeu manchetes Brasil afora. A vitória de Julinho foi por apenas 7 votos. Recebeu 3.335 votos, enquanto seu oponente, Balu (MDB), foi votado por 3.328 pessoas.
A eleição na cidade teve 31,06% de abstenção, 2,53% votos em branco e 2,83% votos nulos.
Segundo investigação do MPSP, o processo de compra dos tablets apresentou irregularidades. A principal delas foi o não cumprimento da celebração de contrato entre a prefeitura e a empresa Itec Soluções Ltda, responsável pelo fornecimento dos equipamentos. A licitação previa entrega imediata dos equipamentos, apesar do pagamento integral.
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Segundo a promotoria, a ex-secretária de Educação, Terezinha Marquesi, falsificou o documento que comprova o recebimento dos equipamentos e liberou a transferência monetária da prefeitura para a empresa.
A tesoureira do município percebeu a irregularidade e tentou barrar o esquema, mas foi impedida pelo prefeito, que a demitiu. A funcionária pública foi readmitida, momentos depois, pela Justiça Trabalhista.
O promotor Jefferson de Almeida solicita a condenação dos envolvidos, com possibilidade de ressarcimento do dano, suspensão dos direitos políticos e pagamento de multa.
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Segundo o MPSP, Julinho Tomazela também está impedido, até a realização de uma sentença, de ser contratado pela prefeitura, independente do cargo.
Além disso, foi decretado o bloqueio da conta bancária do prefeito, da ex-secretária de Educação, de mais três envolvidos e da empresa. O entrave tem limite individual de R$ 3.645.000, segundo informações do “G1”.
*Texto sob supervisão de Diogo Mesquita
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