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Cotidiano
O tempo quente e seco neste início de ano acelerou a maturação de verduras e de legumes, aumentando a oferta e diminuindo os preços
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O motivo de tanta alta: o calor excessivo na primavera e neste início de verão | Divulgação Governo do Estado
O mercado ficou atordoado quando, em novembro passado, a caixa de 40,8 quilos de laranja atingiu o maior valor da série histórica, iniciada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP) em 1994. Naquela época, a média da laranja pera e das frutas tardias destinadas à indústria estava em R$ 49,15 a caixa, o que representava um significativo avanço de 60,7% frente às cotações de novembro/22, em termos reais, ou seja, descontada a inflação. Pois bem, dois meses depois, a mesma quantidade da fruta já vale R$ 82,32. Ou seja, em 60 dias, a fruta ficou 67,48% mais cara. Só neste mês, a alta já é de 19,90%.
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O motivo de tanta alta: o calor excessivo na primavera e neste início de verão. Mas, uma doença ‘importada’ da China tem contribuído para reduzir a produtividade no cinturão citrícola de São Paulo e de Minas Gerais. O HLB, ou greening como é mais conhecido pelos produtores, é provocado por um mosquito minúsculo que, infectado por um vírus, transmite a doença para laranjeiras e pés de tangerina. E, mesmo com o uso intensivo de venenos agrícolas, é uma questão de tempo para a árvore perder a serventia comercial devido à queda abrupta na produtividade.
E esses preços recordes são ‘na árvore’. Isso significa que o valor é livre para o fazendeiro, que não arca nem com o custo da colheita, normalmente custeada pelo atravessador, que depois revende o fruto para a indústria ou para os atacadistas.
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Assim, a oferta de frutas para o mercado de mesa continua restrita, principalmente de laranja pera, cuja disponibilidade é basicamente de espécies temporãs. Na semana encerrada no dia 19, a laranja pera teve média de R$ 82,32, aumento de 6,29% frente à semana anterior.
No caso das variedades tardias, a oferta é um pouco maior, já que estão em período de safra, mas a grande parte dos volumes está sendo enviada à indústria. E isso restringe a disponibilidade no mercado in natura. A laranja natal foi comercializada a R$ 76,96, valorização de 2,84% no mesmo comparativo. (Nilson Regalado)
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