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Cotidiano

Portaria remota e mercadinhos viram tendência em condomínios

Especialistas explicam que tendências têm relação com custo e comodidade

Gladys Magalhães

16/03/2022 às 15:02  atualizado em 17/03/2022 às 11:05

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Entre 2018 e 2021 houve um aumento considerável no número de condomínios paulistas que passaram a adotar portaria remota, de 8,24% para 15,4% no período

Entre 2018 e 2021 houve um aumento considerável no número de condomínios paulistas que passaram a adotar portaria remota, de 8,24% para 15,4% no período | Andrey Popov

Os condomínios residenciais do estado de São Paulo estão mudando de cara. Segundo pesquisa realizada pelo SindicoNet, entre 2018 e 2021 houve um aumento considerável no número de condomínios que passaram a adotar portaria remota, passando de 8,24% dos condomínios para 15,4% no período. No Brasil, também houve acréscimo, em torno de 56%.

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Entre os motivos apontados para tal alta, está a redução do custo, que pode variar entre 15% e 50% da taxa condominial. “A economia vai depender muito de quantos funcionários serão substituídos e de qual o tamanho da infra-estrutura a ser adaptada (clausuras, gerador ou no break, número de portarias, etc.) para rodar o sistema”, esclarece Julio Paim, CEO do SindicoNet.

Mauro Abdalla, diretor da administradora de condomínios OMA, acrescenta que, em alguns casos, a portaria remota pode trazer mais segurança. Contudo, os condôminos precisam estar dispostos a abrir mão de algumas comodidades.

“A portaria remota começou a ser implementada há cerca de sete anos no interior de São Paulo e depois veio para Capital. A princípio, surgiu para reduzir custos, mas hoje, com a evolução da tecnologia, se bem feita, ela pode trazer facilidade no controle de acesso e aumento de segurança. Por outro lado, é o fim da comodidade. As pessoas estão acostumadas com a ajuda dos porteiros, para receber uma encomenda, ajudar com uma compra, por exemplo, e isso se perde”, diz  Mauro.

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Não é para todos
O custo para a implantação de um sistema de portaria remota varia de acordo com o tamanho do prédio, número de portarias e também do quanto o empreendimento está preparado ou não para receber o sistema. Além disso, é preciso observar o perfil do condomínio para avaliar se a troca do sistema tradicional pelo remoto vale à pena.

“A portaria virtual não serve para todo tipo de condomínio. Não é recomendada, por exemplo, para um condomínio clube, ou lugares com muito fluxo de prestadores de serviço. Ela serve para  condomínios menores e com um perfil de morador jovem”, argumenta José roberto Graiche Junior, vice-presidente do Grupo Graiche.

A tendência de se ter mercadinhos em condomínios apareceu para trazer mais comodidade

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Mais comodidade
Se a portaria remota surgiu por conta de uma questão econômica, a tendência de se ter mercadinhos e vending machines em condomínios, por outro lado, apareceu para trazer mais comodidade para os condôminos e se acelerou durante a pandemia.

“Condôminos e síndicos não tinham muito o costume de abrir os condomínios a serviços diferentes e novos, mas esse se tornou um processo natural, que agrega benefícios como lojas de conveniência completas, lavanderias, feiras, food trucks e até mesmo campanhas de vacinação”, detalha Julio.

No geral, os condomínios costumam receber um percentual sobre as vendas destes estabelecimentos, que varia, segundo Mauro, de 2% a 5%. Além disso, as empresas costumam  pagar o quanto gastam de energia elétrica e algumas até pagam um valor pelo uso do espaço.

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“As vantagens são inúmeras, como praticidade e conveniência para os moradores, já que ele podem ter diversos produtos no condomínio. No mais, é mais uma renda para o condomínio, já que eles recebem um percentual sobre as vendas”, diz Marcel Magalhães, executivo da Casa Group, que opera cerca de 20 vending machines em condomínios paulistas, com itens de mini mercado, snacks e bebida.

Tendência
Apesar de ter se acelerado durante a pandemia, os especialistas acreditam que os serviços instalados dentro de condomínios residenciais é uma tendência que veio para ficar. A empresa Minha Quitandinha, que surgiu durante a pandemia também aposta no crescimento do setor para além dos tempos de isolamento social. Para se ter ideia, o mini mercado autônomo já está presente em 40 cidades de 11 estados do Brasil e espera fechar 2022 com 200 lojas e R$ 8 milhões de faturamento.

“Grandes empresas passaram a ver os condomínios como um comércio lucrativo, então podemos esperar muitas novidades para o futuro, como ponto de drone para entrega de delivery, entre outros”, finaliza Mauro.

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