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Canção do 'Sapo Não Lava o Pé' é conhecida por diversas gerações | Reprodução/Youtube
Uma das cantigas populares infantis mais conhecidas de todos os tempos fala sobre os sapos. A música, que é passada de geração em geração, traz alguns mitos e verdades sobre o anfíbio.
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“O sapo não lava o pé, não lava porque não quer; ele mora lá na lagoa, não lava o pé porque não quer. Mas que chulé”, diz a letra. Mas você já parou para pensar se a letra é verdadeira do ponto de vista da biologia?
Recentemente, o pesquisador científico Carlos Jared, especialista em biologia e história natural de anfíbios e répteis do Instituto Butantan, desvendou alguns mistérios de acordo com a ciência, sem invalidar a brincadeira infantil.
Em primeiro lugar, é importante dizer que sapos, rãs e pererecas são animais diferentes. Os sapos têm a pele mais seca e preferem ficar na terra.
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As rãs (macho ou fêmea) gostam de ficar perto de lagoas, assim como as pererecas, que costumam viver em árvores e escalar paredes por terem discos adesivos na ponta dos dedos.
Esses animais não bebem água, mas precisam dela no corpo inteiro para sobreviver. Os sapos sugam água em forma líquida, da terra e de galhos, por uma região localizada abaixo da barriga. Isso faz com que eles fiquem hidratados e com o metabolismo funcionando.
Além disso, os sapos precisam se hidratar constantemente para evitar perdas de água que podem colocar a sua vida em risco.
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Os sapos, rãs e pererecas começam sua vida como animais aquáticos na forma de girinos. Depois, os ovos das fêmeas eclodem dentro d’água e eles saem da lagoa.
Uma curiosidade é que os sapos só retornam para a lagoa já adultos para encontrar as fêmeas na época da reprodução. No geral, os sapos gostam de viver sozinhos em áreas abertas e de grama baixa, para que possam procurar insetos para comer à noite.
As rãs são as verdadeiras “moradoras da lagoa”, pois passam mais tempo na água e por isso suas peles tem aspecto úmido, viscoso e brilhante.
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Outra lenda dita na música é sobre o odor do sapo, que teria chulé. Mas, na realidade, a maioria deles não tem cheiros.
Algumas espécies do gênero Rhinella, conhecidas como sapos-cururu, podem exalar um veneno de cheiro ruim ao ser manipulado. O cheiro impregnante funciona para afugentar os predadores, como as serpentes.
Outro mistério infantil revelado foi o significado de Baby Shark, a música mais ouvida no mundo no YouTube.
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