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Cotidiano

Polícia diz que jovem do litoral de SP foi morto em Jericoacoara devido ao símbolo na blusa

Crime tem relação com a rivalidade entre facções criminosas, mas, segundo a polícia, morte não foi desencadeada pelo gesto das mãos que o jovem fez nas fotos, conforme indicava a suspeita inicial

Hebert Dabanovich

21/01/2025 às 11:48  atualizado em 21/01/2025 às 11:49

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Jovem foi morto na madrugada do dia 17 de dezembro, em Jericoacoara

Jovem foi morto na madrugada do dia 17 de dezembro, em Jericoacoara | Reprodução

Após investigação, a Polícia Civil revelou que a morte do adolescente Henrique Marques de Jesus, de 16 anos, em Jericoacoara (CE), foi motivada pelo desenho da camisa que ele vestia e não pelo gesto feito na foto postada nas redes sociais.

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O crime tem relação com a rivalidade entre facções criminosas, mas, segundo a polícia, não foi desencadeada pelo gesto das mãos que o jovem fez nas fotos, conforme indicava a suspeita inicial.

O delegado do caso, Júlio Morais, informou ao portal Metrópoles que ao apurar o caso os investigadores descobriram que o adolescente usava uma camisa com o símbolo de uma facção rival a do grupo que o abordou e isso teria motivado o crime.

Segundo o delegado, os depoimentos dos suspeitos apreendidos até o momento coincidem com as circunstâncias do crime.

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Entre os sete suspeitos, dois, menores de 18 anos, já foram apreendidos, enquanto um terceiro aguarda decisão judicial para oficializar a internação.

Eles contaram em depoimento que o adolescente foi até o ponto de venda de drogas e, ao chegar lá, chamou a atenção dos traficantes pela blusa que vestia.

“O Henrique não faleceu em virtude de ter feito um símbolo numa postagem no Instagram. Ele faleceu porque chamou a atenção dos criminosos por estar vestindo uma blusa, que teria um símbolo ou desenho relacionado a um grupo criminoso rival. A partir disso, os criminosos, supostamente, o julgaram integrante do tal grupo e mexeram no celular dele para buscar mais informações”, diz Júlio.

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Desenho proibido

O delegado disse que a camisa usada por Henrique não foi encontrada, assim como o celular dele desapareceu. Em depoimento, os suspeitos disseram que o desenho na camisa era de uma meia-lua.

Eles ainda disseram que encontraram no celular da vítima imagens de armas, motos e supostos grupos de WhatsApp com referências ao grupo rival.

“Não temos absoluta certeza dessas informações. Não tivemos acesso ao celular da vítima. Ele nunca foi encontrado. A polícia crê nessa informação, porque não houve contradição das testemunhas e ela veio dos próprios envolvidos. Não tem como atestar que ela seja verídica, mas eu acredito que seja”, afirma o delegado.

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Em Jericoacoara, a facção Comando Vermelho (CV) comandaria a área, enquanto, segundo os suspeitos, Henrique faria parte da facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC).

Entenda o caso

Moradores de Bertioga, no litoral de São Paulo, o adolescente Henrique Marques de Jesus, de 16 anos, estava em viagem de férias a Jericoacoara, com o pai, o empreiteiro de obras Danilo Martins de Jesus, de 33 anos. 

Na noite do crime, o adolescente voltou sozinho para o hotel onde estava hospedado, afirmando que iria descansar e carregar o celular. Horas depois, o pai chegou ao hotel e não encontrou o filho lá. Então, começou a procurá-lo, mas sem sucesso.

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Na manhã do dia 17 de dezembro, ele voltou ao comércio onde ele e o filho haviam estado no dia anterior, e ao analisar as imagens das câmeras de segurança, viu o filho ser rendido e arrastado por sete pessoas.

O corpo de Henrique foi encontrado no dia 18 de dezembro, em um ponto próximo à Lagoa Negra, em uma área afastada do centro da vila.

Três dos suspeitos são maiores de 18 anos. A polícia continua em busca pelos demais suspeitos identificados, que continuam foragidos. 

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