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Cotidiano

Polícia Civil vai investigar delegado filmado dando soco no rosto de mulher em 2020

Rodrigo Falcão era secretário da Segurança Pública de Taboão da Serra e foi exonerado após repercussão do caso

20/10/2022 às 13:37  atualizado em 20/10/2022 às 15:45

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Diante de novas acusações, Falcão alega "desavença política" entre colegas

Diante de novas acusações, Falcão alega "desavença política" entre colegas | Reprodução/Redes sociais

A Corregedoria da Polícia Civil irá abrir um inquérito para investigar o delegado Rodrigo Gentil Falcão que foi flagrado em um vídeo de 2020 dando um soco no rosto de uma mulher em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. A informação foi dada ao portal "g1" nesta quarta-feira (19) pela Secretaria da Segurança Pública (SSP). 

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Sobre o episódio há dois anos, Falcão chegou a alegar na terça-feira (18), que fez uso de 'força moderada' para conter a mulher. No entanto, no dia seguinte, a Prefeitura de Taboão da Serra exonerou o agente do cargo de secretário da Segurança Pública e Defesa Civil da cidade após a repercussão do vídeo que mostra o flagrante. 

Assista ao vídeo abaixo:

A Associação dos Guardas e Servidores do Estado de São Paulo (AGES-SP), que comandava a Guarda Civil Municipal (GCM) de Taboão, também fez denúncias contra o ex-secretário. Segundo a pasta Falcão esteve envolvido em episódio de assédio moral por guardas civis municipais.

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"A Corregedoria da Polícia Civil esclarece que serão instaurados um inquérito policial e uma apuração preliminar para apurar todos os fatos relacionados ao termo circunstanciado registrado pelo 1º DP de Taboão de Serra", diz a nota da Secretaria da Segurança estadual.

Entenda o caso

Com relação ao caso do vídeo em que aparece agredindo uma mulher, Falcão afirma que estava de plantão no 1º DP de Taboão.

À reportagem da "Folha", Falcão negou a agressão. Ele disse que houve "uso de força moderada para conter as agressões anteriores e conduzi-la [a mulher] para a delegacia". Ele também afirmou que o vídeo está fora do contexto, já que outras partes não foram divulgadas.

Falcão afirma ser alvo de extorsão por guardas que estão passando por sindicância na corregedoria da instituição. O secretário diz não poder divulgar quais são essas apurações, sob crime de abuso de autoridade.

Conforme o boletim de ocorrência, em que Falcão aparece como vítima e também como delegado que assina o documento, o episódio ocorreu por volta das 23h do dia 11 de agosto de 2020.

O boletim diz que guardas municipais foram à rua Elizabetta Lips, no Jardim Maria Rosa, para atender a uma ocorrência de perturbação de sossego. Ainda segundo o documento, enquanto agentes orientavam uma mulher de 48 anos sobre as restrições impostas pela prefeitura diante da pandemia, o delegado Falcão teria chegado ao local.

Após uma discussão, a mulher teria atirado um copo no peito do delegado. Na delegacia, conforme o registro policial, todos os guardas presentes na ocorrência afirmaram ter visto a mulher dar um tapa em Falcão.

No documento não há menção sobre o soco dado pelo delegado na mulher. É citado apenas o uso de força moderada para conduzi-la até a delegacia.

No depoimento que consta no boletim de ocorrência, a mulher confirmou ter lançado um copo contra o delegado após ter sido vítima de agressão verbal. Ela disse também ter dado o tapa no delegado por ter sido vítima de preconceito, agressão verbal, gordofobia e abuso de autoridade.

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Novas denúncias

A Associação dos Guardas e Servidores do Estado de São Paulo diz que Falcão também foi denunciado internamente por assediar moralmente guardas civis de Taboão da Serra.

Em 15 de janeiro de 2021, uma guarda civil fez um boletim de ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) em Taboão da Serra por crime de difamação. 

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"Foi surpreendida pelo autor [Falcão] visivelmente alterado desferindo difamações, como dizer que a declarante estava dormindo dentro da base, e que a declarante e outros guardas estavam ‘fudendo’ dentro da base”, informa trecho do documento sobre insinuação de que a guarda do gênero feminino e outros agentes estariam fazendo sexo no local de trabalho. 

Em outro episódio relatado pela AGES-SP, Falcão foi denunciado à Corregedoria interna por um grupo de guardas-civis, incluindo uma agente grávida, por assédio moral. 

“Chamou a guarda grávida de safada. Além de dizer que ela ia criar o filho na rua”, contou Adriana Andreose, diretora presidente da AGES-SP.

Ao "g1" Falcão disse que as novas acusações contra ele feitas por colegas compõem o que “se trata de desavença política”. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo divulgou nota a respeito das novas denúncias contra Falcão.

"A Polícia Civil informa que o delegado citado está regularmente afastado por exercer função em unidade distinta da Polícia Civil, de acordo com os artigos 65 e 66 da Lei 10.261/68. O mesmo responde a uma sindicância administrativa em andamento pela 11ª Corregedoria Auxiliar da Polícia Civil (Demacro). A Corregedoria também irá instaurar um procedimento administrativo para investigar denúncias de assédio moral envolvendo o policial civil contra guardas municipais de Taboão de Serra, registrada na última semana", informa o comunicado da SSP.

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