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Cotidiano

Polícia apura se sequestrador queria 'suicídio pela polícia'

23/08/2019 às 01:00

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Willian Augusto da Silva, de 20 anos, sequestrou um ônibus na Ponte Rio-Niterói, na manhã de terça-feira; o jovem foi morto

Willian Augusto da Silva, de 20 anos, sequestrou um ônibus na Ponte Rio-Niterói, na manhã de terça-feira; o jovem foi morto | Reprodução Tv Globo

Uma das hipóteses investigadas para o sequestro do ônibus 2520, na Ponte Rio-Niterói, é a do chamado "suicídio pela polícia". O fenômeno, mais comum nos Estados Unidos, ocorre quando uma pessoa com tendências suicidas cria uma situação em que acaba sendo morta por um policial. Antes do sequestro, Willian Augusto da Silva tinha dito à mãe que queria morrer "pela mão dos outros".

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Na madrugada anterior ao sequestro, enviou uma mensagem para os pais, avisando que ia acabar com a própria vida. Algumas horas depois, foi morto por um atirador de elite com seis tiros.

A família contou que o jovem de 20 anos sofria de depressão e "ouvia vozes". Desde janeiro, quando teve um surto psicótico durante um churrasco, ele estava cada vez mais isolado, sempre na internet, calado e chegou a falar que queria morrer algumas vezes. Os parentes sabiam que havia algo errado, mas, contaram, não poderiam imaginar que ele estivesse planejando sequestrar um ônibus.

Para o sociólogo Ignácio Cano, do Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), a hipótese de suicídio pela polícia não pode ser afastada. "Há casos na literatura em que a pessoa usa a polícia para cometer suicídio", contou Cano. "Veja bem, ele usou uma arma de brinquedo, parou o ônibus num lugar de onde era impossível fugir, disse para os passageiros que não ia machucar ninguém nem queria dinheiro e ainda ficou entrando e saindo do veículo o tempo todo, se expondo."

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O próprio secretário de Polícia Civil, delegado Marcus Vinícius de Almeida Braga, em entrevista à "TV Globo", chamou atenção para o estado mental de Willian. "Precisamos ainda investigar, conversar com os familiares, ver as redes sociais dele", contou. "Há algum tempo ele vinha demonstrando uma certa depressão e as redes sociais potencializam essas doenças, as pessoas se sentem mais confortáveis para agir; é preciso ter muita atenção."
(EC)

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