Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
O delegado Giniton Lages reconheceu em depoimento à Justiça que a investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes teve falhas que atrasaram a identificação dos acusados do crime. Os erros ocorreram na coleta e análise de imagens a fim de identificar o trajeto feito pelo Cobalt usado pelos assassinos.
Continua depois da publicidade
Isso impediu, inclusive, que a polícia pudesse determinar se o veículo saiu ou não do condomínio Vivendas da Barra, onde morava o policial militar aposentado Ronnie Lessa, acusado de ser o executor do crime.
No local também vivia, à época, o presidente Jair Bolsonaro, antes de se mudar para o Palácio da Alvorada.
O presidente foi mencionado no caso apenas no mês passado, quando um porteiro do condomínio afirmou que Bolsonaro autorizou a entrada do ex-policial militar Élcio de Queiroz (acusado de ser o motorista do carro usado no homicídio) no Vivendas da Barra no dia do crime, 14 de março de 2018. O então deputado, contudo, estava em Brasília na hora em que o ex-PM acessou o condomínio. Perícia do Ministério Público do Rio de Janeiro em gravação da portaria apontou ainda que quem autorizou a entrada foi Lessa.
Continua depois da publicidade
A pedido do Ministério Público Federal, a Polícia Federal abriu inquérito para apurar possíveis delitos de obstrução de Justiça, falso testemunho e denunciação caluniosa pelo porteiro contra Bolsonaro.
Responsável pela apuração do caso até março deste ano, o delegado Giniton Lages falou ao juiz Gustavo Kalil em 2 de agosto na ação penal contra Lessa e Queiroz. O depoimento estava sob segredo de Justiça até a semana passada.
O erro, segundo ele, ocorreu dias após o crime, quando agentes foram à Barra da Tijuca coletar imagens de segurança de prédios do bairro.
(FP)
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade