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Cotidiano

PM afasta policiais envolvidos em morte de adolescente

Bruno Hoffmann

29/05/2019 às 01:00

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Rian Rogério, de 18 anos, não tinha antecedentes criminais 
e frequentava a igreja Congregação Cristã, na qual tocava violino

Rian Rogério, de 18 anos, não tinha antecedentes criminais e frequentava a igreja Congregação Cristã, na qual tocava violino | /Arquivo Pessoal

A Polícia Militar afastou das ruas os dois policiais militares acusados de derrubar um jovem que trafegava de moto, no último dia 21, em Carapicuíba. Os PMs também são acusados de não socorrer o serralheiro Rian Rogério dos Santos, 18 anos, que morreu após a queda.

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Segundo uma testemunha, não identificada, a vítima seguia com sua moto quando um soldado da PM o golpeou, na região da cabeça, com um cassetete. Como a vítima estava em movimento, perdeu o controle da motocicleta e caiu, batendo a cabeça sobre uma mureta, na rua Juscelino Kubitschek.

Após a queda, segundo a testemunha, pessoas que estavam no local pediram para que os policiais socorressem a Santos. No entanto, segundo registrado pela Polícia Civil, os PMs teriam afirmado que "não deviam satisfações a ninguém". Em seguida, ainda segundo a polícia, ambos entraram na viatura e saíram "cantando pneus".

O socorro foi chamado ao jovem, que demorou cerca de 30 minutos para ser atendido. Segundo atestado de óbito, ele morreu de traumatismo crânio-encefálico.

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Imagens de uma câmera de monitoramento mostram o jovem circulando pela rua, de capacete, instantes antes de ser agredido por um dos policiais. Os PMs teriam afirmado que a vítima trafegava sem o item de segurança.

Segundo o ouvidor das polícias, Benedito Mariano, além do afastamento dos dois policiais, ele solicitou à Corregedoria da corporação que realize a reconstituição da ocorrência.

O Condepe (Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana), também acompanha o caso. "Rian tristemente virou mais um número nesta estatística terrível de assassinatos cometidos por quem deveria proteger a sociedade", afirmou o advogado do conselho, Ariel de Castro.

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A reportagem apurou que o serralheiro não contava com antecedentes criminais. Além disso, frequentava a igreja Congregação Cristã, na qual tocava violino.
(FP)

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