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Cotidiano

Plano de governo de Haddad foca no aumento dos investimentos públicos

No documento, o petista também faz críticas às gestões de João Doria e Rodrigo Garcia, ambos do PSDB

Maria Eduarda Guimarães

24/08/2022 às 13:13  atualizado em 24/08/2022 às 13:28

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A campanha de Haddad divulgou dois programas de governo: um provisório, com 35 páginas, e outro definitivo, de 148 laudas.

A campanha de Haddad divulgou dois programas de governo: um provisório, com 35 páginas, e outro definitivo, de 148 laudas. | Divulgação

O plano de governo do candidato a governador de São Paulo Fernando Haddad (PT) traz o aumento dos investimentos públicos como tema, visando a diminuir a desigualdade e a recuperar a economia, além de críticas às gestões de João Doria e Rodrigo Garcia, ambos do PSDB, e de Jair Bolsonaro (PL).

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A campanha do petista divulgou dois programas de governo: um provisório, com 35 páginas, e outro definitivo, de 148 laudas, lançado na última segunda-feira (22).

Ambos os documentos enaltecem ações de Lula (PT) em seus dois mandatos no governo federal e de Haddad na Prefeitura de São Paulo e no Ministério da Educação, como o Sisu (Sistema de Seleção Unificada) e a consolidação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

O presidente Jair Bolsonaro (PL) é citado duas vezes no programa provisório, em críticas ao modelo de paridade internacional dos preços de petróleo da Petrobras e à gestão de conselhos nacionais. No plano definitivo, porém, não há citações diretas, embora políticas do atual governo sejam alvo de rejeição.

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Já Doria e Rodrigo são citados diretamente diversas vezes nos dois programas, em críticas à atuação nas áreas social, de educação, de planejamento urbano e de ambiente, além de outros reparos indiretos.

O plano do ex-prefeito é dividido em sete eixos: combate à fome e à miséria, cuidado da vida, inovação, educação e cultura, respeito e igualdade de direitos, gestão inovadora e aumento da qualidade de vida.

A carta de intenções definitiva traz propostas mais voltadas à esquerda e na contramão de seus adversários, como reforma agrária, demarcação de terras indígenas, cotas e combate a abusos da polícia.

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Haddad propõe, por exemplo, a valorização da carreira policial, com promessa de aumento salarial a agentes e mais contratações, e a manutenção das câmeras acopladas aos uniformes dos PMs. O programa, criado por Doria em 2019, gerou debate entre os candidatos, com propostas divergentes, incluindo a remoção do equipamento, responsável pela redução da letalidade policial em 85%.

O petista também sugere o fortalecimento da ouvidoria das forças policiais, para diminuir a letalidade das abordagens, especialmente da população negra. Em outras áreas, sugere o fortalecimento do sistema de educação e a melhor estruturação do sistema de saúde, com investimentos em especialidades.

Apesar das críticas ao PSDB, algumas políticas de governos tucanos, como as expansões do ensino em período integral e do DesenvolveSP, órgão para a liberação de crédito a setores produtivos da economia com maior rapidez e taxas mais baixas, são citadas como passíveis de ampliação e aperfeiçoamento.

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Na carta, também são abordados temas como reforma psiquiátrica, violência contra as mulheres, cultura, esporte, habitação, desenvolvimento sustentável e criação de empregos.

O texto também aborda questões como racismo -nas áreas de educação, desigualdade social e segurança pública, promete criar políticas intersetoriais, ou seja, que ampliem seu escopo de atuação, considerando as particularidades de minorias, entre as quais a população negra.

Na educação, a chapa petista propõe o aumento do investimento no ensino médio, com a valorização do plano de carreira dos professores e de suas formações, o apoio aos municípios em políticas de alfabetização e o fortalecimento do Sistema Estadual de Educação.

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Para a saúde, Haddad sugere melhor estruturação do fluxo de atendimento, focando o envelhecimento da população e a preparação para combater novas epidemias. Também propõe a entrada do estado no cofinanciamento do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), o aumento de investimentos em hospitais públicos e em ambulatórios de especialidades.

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