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Cotidiano
Plano do governo de SP tem sido criticado por lideranças locais porque significaria um atraso na viabilização do aeroporto
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A pista na cidade do litoral sul, de acordo com a Aeronáutica, comportaria voos regionais de aeronaves com até 80 assentos | /DIVULGAÇÃO PMG
A inclusão do aeroporto de Guarujá, no litoral paulista, no pacote de concessões do governo estadual pegou de surpresa a Aeronáutica e a prefeitura da cidade. O município previa a publicação de um edital de privatização do local para os próximos dias.
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O plano da gestão João Doria (PSDB) tem sido criticado por lideranças locais porque, na prática, significaria um atraso na viabilização do aeroporto e pode impossibilitar ofertas de voos comerciais por companhias aéreas.
O novo projeto teria de passar pela revisão da outorga, já obtida pela prefeitura no Ministério da Infraestrutura, e também demandaria novos estudos. O ministério diz que não existe pedido formal do estado para assumir o projeto.
A Secretaria de Governo de São Paulo afirmou que "há uma discussão convergente entre governo do Estado e prefeitura para maximizar a sinergia dos projetos".
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A intenção da prefeitura de aproveitar a pista da base aérea da Aeronáutica para a instalação de um aeroporto é antiga. A exploração do espaço foi outorgado pela União ao município em 2013, mas o projeto foi engavetado.
A atual gestão reativou a ideia, negociou a cessão da área e conseguiu, em abril deste ano, a anuência do Ministério da Infraestrutura para a concessão dos 55 mil metros quadrados por até 28 anos para a iniciativa privada.
O edital da licitação já estava pronto para ser publicado quando veio, na semana passada, o anúncio de Doria, segundo o prefeito, Valter Suman (PSB).
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"O governo de São Paulo quer anexar a pista de Guarujá em uma megaconcessão, talvez para atrair mais interessados", afirma.
"Sabemos do potencial turístico e econômico da região, que daria mais valor ao pacote estadual, mas isso nos preocupa porque teríamos de retroceder. Frustraríamos a expectativa de iniciar a operação no próximo ano", diz.
O plano municipal prevê uma área de check-in e de um píer de conexão do aeroporto com o cais para uso por passageiros de cruzeiros marítimos, por exemplo.
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A pista, de acordo com a Aeronáutica, comportaria voos regionais de aeronaves com até 80 assentos.
Hoje, a logística rodoviária da cidade é limitada por causa da ausência de uma ligação viária direta com Santos. Há planos da Ecovias para a construção de uma ponte entre os municípios.
O plano estadual prevê o uso do espaço apenas para aviões executivos com capacidade de transporte de até 20 passageiros, de acordo com Suman e pessoas da Aeronáutica familiarizadas com o
assunto. (FP)
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