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Cotidiano
Colocar as obrigações financeiras dentro do orçamento é o primeiro passo; isso evita a ansiedade de não saber como resolver as contas durante os próximos 12 meses e, assim, é possível pensar em novos planos
04/01/2020 às 13:31 atualizado em 24/09/2021 às 14:30
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A ansiedade, até certo ponto, ajuda no planejamento da vida; mas quando ela passa dos limites, ela causa problemas e atrapalha a rotina | Arte: Gazeta de S.Paulo
O barulho do espumante sendo aberto, o espetáculo dos fogos de artifício no céu, as pessoas se abraçando na entrada do ano...são rituais importantes para nos mostrar que um novo período se inicia. Mas a partir do dia 2 de janeiro voltamos à realidade, e com ela, novas responsabilidades: pagamento de impostos, compra de materiais escolares, volta ao trabalho.
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“Será que vou continuar no emprego, manter os filhos na escola, trocar o carro? Vou conseguir pagar o IPVA e o IPTU? Essa é o que chamamos de ansiedade de planejamento, que é a preocupação de sobrevivência”, explica o psiquiatra Luiz Vicente Figueira de Mello, do Programa de Transtorno de Ansiedade do IPq (Instituto de Psiquiatria) do Hospital das Clínicas.
Se você está se sentindo assim, não se assuste. Esse tipo de ansiedade é normal e é inclusive benéfico para o corpo. “Ela vem na evolução como seres humanos para nossa sobrevivência. São estados de alerta que temos a respeito do que vamos fazer, o que vai acontecer. É algo que precisamos ter uma vigilância natural”, explica.
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Por outro lado, a partir do momento que ela passa a atrapalhar o funcionamento do corpo e até mesmo prejudica a rotina, a ansiedade se torna patológica e precisa de tratamento, mesmo porque ela causa alterações na estrutura do cérebro, mexendo na comunicação entre os neurônios, e causam sintomas como aumento dos batimentos cardíacos, falta de ar, tremores, suor excessivo e sensação de formigamento.
Mas não existe somente um tipo de ansiedade. Essa preocupação excessiva com o que vai acontecer pode ser desencadeada por diversas situações, como o medo de locais com muitas pessoas, a fobia social, transtorno de pânico, entre outros (veja quadro Tipos de ansiedade). E tem também outro grupo de pessoas que não fica ansiosa no começo do ano: são os melancólicos. “São os que acham que tudo que vai acontecer será ruim. Isso já é um sintoma de depressão”. O tratamento da ansiedade não inclui somente medicamentos específicos para o transtorno. “Controlamos com remédios, terapias e comportamentos saudáveis, exercícios físicos frequentes, como correr e andar e exercícios aeróbicos. Eles previnem quadros de ansiedade e até que as pessoas entrem em crises mais sérias”, ensina Mello.
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Outra frente de batalha, para ajudar os ansiosos a encarar o ano de forma mais leve, é fazer um planejamento para os próximos 12 meses. “É um planejamento para sobrevivência, dentro do que você pode fazer, e não além do que pode, porque isso gera mais ansiedade. Uma ambição desmedida faz você contrair dívidas, abrir um negócio que não tem condições, então é um equilíbrio entre o que você pode fazer com o que você anseia fazer”, completa.
Janeiro branco
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Uma boa resolução de ano novo é adotar hábitos saudáveis, não somente para o corpo, mas também para a mente: o Janeiro Branco tem o objetivo de conscientizar a população a repensar a forma que levam suas vidas, a qualidade dos relacionamentos, como elas lidam com familiares, amigos e o trabalho. É falar da saúde mental e dos transtornos psiquiátricos, como ansiedade e depressão.
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