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Fernanda Frazão, artista trans agredida em SP | Arquivo pessoal
A artista Fernanda Frazão, de 26 anos, afirma que foi vítima de transfobia e violência gratuita no terminal de ônibus Dom Pedro II, no centro de São Paulo. Ela conta que parou em um estabelecimento para comprar um lanche, na madrugada de sábado para domingo, e que dois seguranças que trabalham na rua Parque Dom Pedro a agrediram de forma brutal e sem motivo.
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É o segundo fim de semana seguido de violência no transporte público de São Paulo. Na semana passada, uma mulher foi agredida por um suposto grupo de skinheads na estação Anhangabaú do Metrô.
A confusão começou por volta de 1h da manhã. Fernanda afirma que após comprar o lanche avistou uma dupla de usuários de droga sendo agredidos por um homem que aparentava ser um segurança. A artista tentou seguir andando, mas foi impedida pelo agressor, que perguntou: "Você está fazendo ponto aqui seu traveco?" e em seguida deu um soco na boca de Fernanda, que é mulher trans, e não travesti. Ela também não trabalha fazendo programas.
A vítima disse que ficou indignada com a agressão gratuita e, para se defender, revidou o golpe no suspeito, que estava armado. Outro homem, que seria amigo do segurança, também entrou na briga e deu mais um soco em Fernanda. Ela diz ainda que um dos rapazes arrancou a peruca que ela usava. Para se proteger, ela entrou no terminal de ônibus. O texto conta com informações do "g1".
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"Eu pensei que eles não iam me bater aqui dentro". No entanto, o terminal de transporte foi o local onde as agressões ficaram mais intensas. A vítima chegou a ter o rosto pisoteado, recebeu chutes, socos e foi hostilizada pelos dois homens, que só pararam com o ato de violência depois que passageiros presentes intervieram.
Após o susto, Fernanda revelou ainda que os agressores ameaçaram acorrentá-la. Ela foi socorrida na AMA da Sé e registrou boletim de ocorrência na 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) do centro. A artista também fez um exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal). A mulher fez também um retrato falado dos agressores e espera que eles sejam encontrados pela polícia.
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