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Cotidiano
O setor aéreo foi um dos mais afetados no período mais agudo da pandemia de Covid-19, quando as viagens ficaram praticamente paralisadas
15/12/2022 às 16:49
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Pouso no aeroporto de Congonhas | Rovena Rosa/Agência Brasil
Os aeronautas aprovaram nesta quinta-feira (15), por unanimidade, greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira (19).
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Segundo deliberação do Sindicato Nacional dos Aeronautas, a paralisação de pilotos, copilotos e comissários de bordo será entre 6h e 8h nos aeroportos de Congonhas (São Paulo), Guarulhos, Galeão, Santos Dumont (ambos no Rio), Viracopos (Campinas), Porto Alegre, Fortaleza, Brasília e Confins (Belo Horizonte).
A orientação é para que eles suspendam as decolagens nesse horário, exceto nos casos de transporte de órgãos para transplante, vacinas ou com enfermos a bordo.
O Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias) e as companhias Gol, Latam e Azul foram procurados nesta tarde, mas ainda não responderam.
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Os aeronautas cobram das empresas aéreas a recomposição salarial pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e ganho real (acima da inflação) de 5%. Nas cláusulas sociais, pedem a manutenção da convenção coletiva da categoria e a definição de horários de veto para alterações em folgas.
Os tripulantes dizem que as empresas apresentaram proposta sem ganho real e com cláusulas que pioravam as condições de trabalho. No dia 25 de novembro, 90% dos 7.000 aeronautas que participaram de uma assembleia votaram pela rejeição da proposta.
Outra tentativa de acordo foi feita no início de novembro, mas novamente a negociação não avançou. As companhias aéreas ofereceram o reajuste pelo INPC em todos os itens econômicos, como salário e benefício, exceto nas diárias internacionais.
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O SNA diz que manterá a greve até que as empresas aéreas respondam sobre as reivindicações. "A negociação viu-se frustrada, e a greve, que é o único instrumento de luta dos trabalhadores, tornou-se necessária", diz o sindicato, em manual de greve distribuído ao fim da assembleia.
O setor aéreo foi um dos mais afetados no período mais agudo da pandemia de Covid-19, quando as viagens ficaram praticamente paralisadas. Quando o tráfego voltou, ainda foi prejudicado por diferentes regras entre os países e o aumento de custos.
No decorrer das negociações com as áreas, o sindicato que representa a tripulação elaborou uma análise econômica das três empresas. Na avaliação da entidade, os números -que mostram aumento na demanda doméstica e nas receitas- demonstram a capacidade de as empresas melhorarem os termos da negociação.
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O Sindicato dos Aeroviários, que representa a equipe de solo nos aeroportos, também está em negociação com as empresas e deu início à votação da proposta apresentada na última semana por Gol e Azul. A expectativa é que a votação seja concluída na próxima semana.
O Snea propôs o reajuste dos salários, vale-refeição, vale-alimentação e demais benefícios monetários em 5,97%, equivalente ao INPC. Entre as cláusulas sociais há o direito combinar, mensalmente, uma folga aos sábados ou às segundas-feiras, para haver emenda com o domingo.
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