Entre em nosso grupo
2
Cotidiano
Esta é a primeira queda no preço da gasolina vendida pelas refinarias da estatal desde dezembro de 2021
Continua depois da publicidade
Posto de combustível | Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo
A Petrobras anunciou nesta terça-feira (19) redução de 4,9% no preço médio de venda da gasolina por suas refinarias. A partir desta quarta (20), o litro do combustível será vendido, em média, por R$ 3,86, um corte de R$ 0,20.
Continua depois da publicidade
É a primeira queda no preço da gasolina vendida pelas refinarias da estatal desde dezembro de 2021. Em 2022, a escalada das cotações internacionais após o início da guerra na Ucrânia levou os preços dos combustíveis a recordes históricos, cenário que derrubou dois presidentes da Petrobras.
Em nota, a Petrobras disse que o corte anunciado nesta terça acompanha a evolução das cotações internacionais "e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio".
É a primeira mudança nos preços dos combustíveis na gestão de Caio Paes de Andrade, que chegou à empresa com a missão de evitar aumentos mas tem sido ajudado pela queda das cotações internacionais do petróleo em meio a temores de recessão global.
Continua depois da publicidade
Com o recuo do petróleo nas últimas semanas, era crescente a pressão de aliados e apoiadores do governo por cortes na gasolina. O produto chegou a ficar 99 dias sem reajustes durante a escalada do petróleo no início do ano, até ser aumentado em 5,2% no dia 18 de junho.
O mercado, porém, viu com naturalidade a decisão da empresa, já que a diferença de preços abria maior margem para importações por concorrentes. Agora, dizem fontes, eventual novo pico de preços do petróleo passa a ser um teste para a autonomia da empresa durante o período eleitoral.
"Apesar da redução no preço, ainda vemos as margens de refino da Petrobras em níveis saudáveis", escreveram os analistas do Goldman Sachs Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Costa Martins.
Continua depois da publicidade
Segundo a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), o preço médio da gasolina nas refinarias brasileiras passava de uma semana acima da paridade de importação, conceito usado pela Petrobras em sua política de preços. Nesta terça, a diferença era de R$ 0,30 por litro.
O preço do diesel, que não terá alterações, está R$ 0,28 por litro mais caro nas refinarias brasileiras, mas tem oscilado entre períodos acima e períodos abaixo da paridade de importação.
A Petrobras estima que o corte nas refinarias represente uma queda de R$ 0,15 por litro no preço final do combustível, considerando que a mistura vendida nos postos tem 27% de etanol.
Continua depois da publicidade
O consumidor já vem sendo beneficiado pelos cortes nos impostos federais e estaduais sobre o combustível, aprovados em lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) no fim de junho.
Desde então, o preço médio da gasolina nos postos brasileiros caiu 17,8%, para R$ 6,07 por litro, o menor patamar desde junho de 2021, em valores corrigidos pela inflação.
Já o preço do diesel, que já não tinha incidência de impostos federais e tinha alíquotas menores de ICMS, foi menos afetado pelas medidas aprovadas pelo Congresso, com queda de apenas 1,2% nas bombas após os cortes de impostos estaduais.
Continua depois da publicidade
Também nesta terça, a Petrobras informou que a agência de classificação de risco Fitch alterou a perspectiva de sua nota de crédito de negativa para estável, como reflexo da melhora na nota da República do Brasil.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade