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Cotidiano

Petrobras nega fala de Bolsonaro sobre redução de preço de combustíveis

Presidente da República havia declarado o reajuste em entrevista ao site Poder360

Maria Eduarda Guimarães

06/12/2021 às 16:17

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Presidente faltou à oitiva que havia sido marcada por Alexandre de Moraes, e alegou 'direito de ausência'

Presidente faltou à oitiva que havia sido marcada por Alexandre de Moraes, e alegou 'direito de ausência' | Pedro Ladeira/Folhapress

A Petrobras afirmou nesta segunda-feira (6) que ainda não há decisão tomada sobre cortes nos preços dos combustíveis. A afirmação foi feita em comunicado ao mercado para responder declarações do presidente Jair Bolsonaro, que anunciou redução para esta semana.

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"A Petrobras não antecipa decisões de reajuste e reforça que não há nenhuma decisão tomada por seu Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP) que ainda não tenha sido anunciada ao mercado", afirmou a empresa, em texto enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Na Bolsa de Valores, as ações da companhia ganharam impulso após o comunicado. Os papéis preferenciais da estatal avançavam 1,43% às 13h14 desta segunda.

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Bolsonaro disse em entrevista ao site Poder360 que a Petrobras vai anunciar uma série de reduções nos preços dos combustíveis, começando nesta semana. Ele não informou, porém, qual será o valor da redução nem quando vai ocorrer.

"A gente anuncia agora, esta semana, pequenas reduções, a princípio toda semana, do preço dos combustíveis", afirmou, embora a política de preços da estatal não tenha prazos definidos para ajustes nos preços.

No comunicado desta segunda, a Petrobras diz que "ajustes de preços de produtos são realizados no curso normal de seus negócios e seguem as suas políticas comerciais", que preveem o monitoramento dos mercados e análise diária do comportamento dos preços em relação a cotações internacionais.

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A empresa repetiu ainda que não antecipa decisões de reajustes a autoridades. O texto desta segunda é semelhante ao divulgado quando Bolsonaro afirmou, no fim de outubro, que a estatal estava prestes a anunciar novos aumentos.

A declaração foi dada pouco antes do último anúncio de reajuste nos preços da gasolina e do diesel, no dia 25 de outubro, que motivou uma tentativa de paralisação nacional dos caminhoneiros no início de novembro. Desde então, a estatal não mexe nos preços dos dois produtos.

Com a queda das cotações internacionais do petróleo nas últimas semanas, em resposta ao avanço da variante ômicron pelo mundo, os preços internos da gasolina e do diesel passaram a oscilar em níveis superiores ao verificado no mercado internacional.

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Referência internacional negociada em Londres, o petróleo Brent, por exemplo, saiu da casa dos US$ 80 (R$ 455, pela cotação atual) por barril no fim de novembro e hoje oscila em torno dos US$ 70 (R$ 397) por barril.

No início do pregão desta segunda, a gasolina nas refinarias da Petrobras estava mais 12% mais cara do que a chamada paridade de importação, valor que simula quanto custaria para importar o produto. O preço do diesel estava 6% acima, segundo projeção das importadoras de combustíveis.

A Petrobras, porém, repete que tenta não repassar ao mercado interno volatilidades pontuais do exterior, preferindo avaliar o cenário em um prazo mais longo.

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"A Petrobras reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais", reforçou nesta segunda.

No ano, o preço da gasolina nas refinarias acumula alta de 74%. Já o preço do diesel subiu 65% no mesmo período.

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