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Cotidiano

Pesquisa mostra que homens desconhecem saúde do próprio corpo; entenda

Em uma enquete promovida para testar o conhecimento sobre saúde masculina, o app de dating Ysos descobriu que muitos homens ainda acreditam em alguns mitos

LG Rodrigues

01/11/2023 às 23:05

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Câncer de próstata é um dos principais alvos da campanha do Novembro Azul

Câncer de próstata é um dos principais alvos da campanha do Novembro Azul | Divulgação

Novembro Azul é uma campanha de conscientização a respeito das doenças masculinas. Para marcar a data e testar o conhecimento de seus usuários, o Ysos, app de dating para casais e solteiros do meio liberal, fez uma enquete com seus usuários, pedindo para eles marcarem quais frases eles acreditavam ser mitos e quais seriam verdades.

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Dentre os resultados, o mais surpreendente foi que 49% dos entrevistados acredita que a mastectomia é um exame que deve ser feito em homens com mais de 40 anos. Mas, a verdade, neste caso, é que a mastectomia não é um exame, e sim uma cirurgia para a retirada da mama como forma de tratamento para o câncer. Sobre esta doença em homens, 73,5% acertaram a pergunta ao responder que os homens também podem tê-la, embora eles sejam a minoria dos casos, apenas 1% dos casos registrados, segundo o Instituto Nacional de Câncer.

Já o câncer de próstata é um dos principais alvos da campanha do Novembro Azul e o exame capaz de identificá-lo é cercado de tabus e preconceitos, principalmente por envolver o toque através da parede do reto. Cerca de 89% dos respondentes da pesquisa acreditam que esse teste deve ser feito apenas após os 60 anos, o que é um mito. De acordo com o andrologista Dr. Lister de Lima Salgueiro, se houver casos antecedentes na família, é necessário fazer o exame a partir dos 40 anos, caso contrário a partir dos 50. Ele também recomenda que nesta idade também seja feita uma colonoscopia, exame que analisa a saúde do interior do cólon e do reto.

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A disfunção erétil é uma das grandes preocupações masculinas e, nesta questão, 75% dos entrevistados acertaram que é um mito relacioná-la ao envelhecimento. Segundo o Dr. Lister, existem alguns sintomas comuns de disfunção erétil. “Os sintomas podem ser de libido, ereção, ejaculação e orgasmo. São quatro eventos distintos que ocorrem em sequência. O homem pode ter libido e não conseguir ereção. Ter ereção e ter ejaculação precoce ou tardia. E ter ejaculado e não sentir o orgasmo”, explica.

Por que os homens frequentam menos os consultórios médicos?

Silva*, 30, descobriu que não poderia ter filhos aos 23. Desde então, faz check-up anualmente. Ele conta que no início, isso abalou sua autoestima, mas que hoje em dia lida bem com a situação e não deixa de fazer seus exames nem frequentar o médico.

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Entre os usuários da pesquisa do Ysos, 55% disseram que vão ao médico todos os anos, 14% a cada dois anos e 31% apenas quando precisam. Quando perguntados se já tinham ouvido falar em médico andrologista (especialista na saúde masculina), 65,5% disseram que não e 34,5% alegaram que sim.

Para o Dr. Lister, os homens não têm o instinto de preservação que as mulheres têm. “Elas saem do pediatra e já vão para o ginecologista na adolescência. Depois, seguem acompanhando todas as fases até a menopausa. O homem, depois que sai do pediatra só volta a uma consulta se for absolutamente necessário. A média de tempo de um paciente chegar à clínica com disfunção sexual é de quatro anos. É cultural, eles usam o remédio da propaganda ou indicado por um amigo ou garrafada, etc”, diz.

Segundo dados alarmantes da Sociedade Brasileira de Urologia, entre 2007 e 2022, houve 7790 amputações de pênis. “Muitas se devem à má higiene do local, mas também há predisposição genética”, explica o andrologista, que também alerta para os riscos associados ao uso de produtos para aumento de desempenho sexual sem prescrição médica. “A maioria dos produtos anunciados nas mídias sociais não funciona. Eu tenho, por exemplo, um paciente que toma dez tipos diferentes de Testosterona e é infertil. O problema é o uso indiscriminado de androgênios (derivados da Testosterona), que podem levar à infertilidade, impotência, problemas cardíacos e cânceres de próstata, fígado e pâncreas”, explica.

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