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Cotidiano
Pesquisa BTG/FSB revela que 'efeito Janones' e conversão de indecisos turbinam campanha de Lula, que sobe 4% nas intenções de voto
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Lula volta a ganhar terreno em nova pesquisa | Ettore Chiereguini/Gazeta de S. Paulo
Após a desistência do até então candidato André Janones (que na semana passada tinha 2% das intenções de voto), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recuperou quatro pontos percentuais e retornou ao patamar de 45% das intenções de voto. O presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou estável em 34%. Todos os demais candidatos oscilaram dentro da margem de erro.
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Os números são da nona rodada de pesquisa BTG/FSB de intenção de voto para presidente, avaliação de governo e outros dados sobre a conjuntura econômica do País, divulgada nesta segunda-feira.
Na simulação de segundo turno, houve movimento semelhante: Lula tem agora 53% (2 pontos percentuais a mais do que há uma semana) e Bolsonaro, 39% (oscilação de 1 ponto percentual para baixo).
"Tudo indica que, além de herdar os eleitores de terceira via que escolhiam até então o nome de André Janones, o ex-presidente Lula conseguiu atrair votos de pessoas que estavam indecisas ou que falavam em anular o voto", explica Marcelo Tokarski, sócio-diretor do Instituto FSB.
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O Instituto FSB Pesquisa entrevistou por telefone 2.000 pessoas entre sexta-feira (dia 12) e domingo (dia 14). A margem de erro é de 2 pontos percenturais, com intervalo de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE, sob número BR-00603/2022.
Efeito Janones
De acordo com avaliação do instituto, o crescimento de Lula se deu por influência da desistência de Janones e a conversão de indecisos e de eleitores que anulariam o voto.
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O instituto também analisa que, ao que tudo indica, os efeitos positivos da redução dos preços dos combustíveis na candidatura presidencial já ocorreram, enquanto o potencial impacto do aumento do Auxílio Brasil para R$ 600 ainda não chegou a alterar a intenção de voto.
Veja mais detalhes da pesquisa abaixo:
Espontâneo
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Lula 41% (antes 38%)
Bolsonaro 32% (antes 31%)
Ciro 3% (antes 3%)
Outros 2% (antes 2%)
Não voto 22% (antes 24%)
Estimulado
Lula 45% (antes 41%)
Bolsonaro 34% (antes 34%)
Ciro 8% (antes 7%)
Simone Tebet 2% (antes 3%)
Outros 4% (antes 5%)
Não voto 8% (antes 10%)
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2º turno
Lula 53% (antes 51%)
Bolsonaro 38% (antes 39%)
Não voto 10% (antes 10%)
Potencial de voto
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Lula 54% (antes 52%)
Bolsonaro 43% (antes 44%)
Rejeição
Lula 44% (antes 45%)
Bolsonaro 54% (antes 53%)
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Avaliação do governo
Avaliação
Ótimo/bom: 33% (antes 33%)
Regular: 21% (antes 22%)
Ruim/Péssimo: 44% (antes 44%)
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Aprovação
Aprova: 38% (antes 40%)
Desaprova: 55% (antes 54%)
Economia
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Percepção geral sobre a situação atual da economia brasileira continua melhorando, mas gradativamente:
Vivendo um bom momento econômico 8% (antes 8%)
Em crise, mas começando a recuperar 35% (antes 33%)
Em crise, com dificuldade de recuperar 53% (antes 56%)
Inflação
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Segue em queda, embora majoritário, o percentual do eleitorado que diz ter sofrido com a inflação nos últimos 3 meses: chegou a 85%, era 88% há duas semanas, 91% há três semanas e 97% no final de junho.
Também segue melhorando o percentual de eleitores que aposta em novos aumentos de preços nos próximos 3 meses: recuou de 44% na anterior para 40% agora, mas estava em 65% no final de junho.
Situação financeira individual
No entanto, quando perguntado sobre sua vida financeira individual, apenas 21% falam em melhora nos últimos 30 dias. Ou seja, a percepção geral melhorou, mas boa parte do eleitor ainda não sentiu esse impacto positivo no bolso.
34% dizem ter piorado de vida nos últimos 30 dias
44% dizem estar igual
21% dizem ter melhorado
Combustíveis
Oscilou de 63% para 64% o percentual dos que perceberam redução no preço dos combustíveis. Dado ter parado de aumentar pode indicar que o "efeito combustível" tenha se esgotado.
Também parou de crescer o reconhecimento da paternidade da redução: os que reconhecem o governo como o responsável voltou ao patamar de 38% (42% na semana passada e 38% há três semanas)
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