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Cotidiano
Essa porcentagem disse concordar com a frase 'Bolsa Família estimula pessoas a não trabalhar', apresentada pelos pesquisadores
19/07/2022 às 15:14 atualizado em 19/07/2022 às 15:29
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Movimentação avenida Paulista | Romeo Campos/Futura Press/Folhapress
Uma pesquisa feita na cidade de São Paulo mostrou que 63% daqueles que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL) se colocam críticos ao Bolsa Família, programa social substituído pelo Auxílio Brasil.
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Essa porcentagem disse concordar com a frase "Bolsa Família estimula pessoas a não trabalhar", apresentada pelos pesquisadores para medir a popularidade de medidas sociais entre votantes.
O mesmo questionamento havia sido aplicado em 2019 pelos pesquisadores Pablo Ortollado e Marcio Moretto Ribeiro, do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação da USP (Universidade de São Paulo), naquele que foi o primeiro ano do governo Bolsonaro.
De lá para cá, houve estabilidade na avaliação negativa do Bolsa Família -de 61% aos 63%. A margem de erro da pesquisa, feita com 2.308 pessoas entre 7 e 14 de maio de 2022, é de 4 pontos percentuais quando considerados aqueles que declararam ter votado em Bolsonaro em 2018 e 5 pontos percentuais para aqueles que declaram votar no atual presidente em 2022. O intervalo de confiança é de 95%.
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Por outro lado, são 34% os que concordam com a afirmação entre aqueles que não declaram voto em Bolsonaro em 2022, mesmo percentual de 2019. Segundo os pesquisadores, o questionário buscava avaliar identificações do bolsonarismo com temas diversos, como críticas ao PT ou a políticas LGBTQIA+.
Em relação ao Bolsa Família e às cotas raciais -rejeitadas por 37% dos bolsonaristas, enquanto são 16% os não eleitores do presidente que criticam as políticas-, foram encontrados pontos condizentes com uma retórica que acusa "movimentos sociais progressistas de demandar políticas que criam 'privilégios' e, por isso, furariam a fila da meritocracia", avaliam.
O Bolsa Família foi lançado em 2004, durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), adversário de Bolsonaro na corrida eleitoral atual. Em 2021, Bolsonaro mudou o programa para o atual Auxilio Brasil e buscou desvincular as políticas assistencialistas do período petista.
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Desde então, Bolsonaro busca ganhar eleitoralmente com os benefícios dados pelo Auxílio Brasil e procura impulsionar o programa. A PEC dos Auxílios, por exemplo, aprovada recentemente pelo Congresso Nacional, deu abertura para que o valor do auxílio fosse de R$ 600 até o fim do ano -mesmo valor do Auxílio Emergencial dado em 2020 por conta da Covid-19.
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