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Cotidiano

Parque do Rio Bixiga: Câmara de SP vai discutir criação de área verde

Terreno pertence ao Grupo Silvio Santos, que há mais de 40 anos pretende erguer três torres residenciais no local; entidades lutam pelo parque

Bruno Hoffmann

23/05/2022 às 11:48  atualizado em 23/05/2022 às 16:46

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Área que se pretende criar o Parque do Rio Bixiga, na região central de SP

Área que se pretende criar o Parque do Rio Bixiga, na região central de SP | Reprodução/Google Street View

A Câmara Municipal de São Paulo vai promover uma audiência pública na próxima segunda-feira (30) para debater a criação do Parque Municipal do Rio Bixiga, no bairro da Bela Vista, região central da cidade. O projeto, de autoria do vereador Eduardo Suplicy (PT), afirma que há mais de quatro décadas “há um forte movimento da sociedade civil pela criação do parque”.

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O terreno de mais de 10 mil metros quadrados pertence ao Grupo Silvio Santos, que desde os anos de 1980 tem planos de erguer três torres residenciais no entorno do Teatro Oficina, que está no local, por sua vez, desde a década de 1960.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) já proferiu um uma sentença, atendendo a um pedido da Promotoria de Meio Ambiente do Ministério Público, que proíbe que a prefeitura aprove projetos no terreno, “em virtude do interesse cultural, arquitetônico e ambiental da área”.

Entidades em defesa do bairro dizem que o empreendimento poderia atingir o rio que corre abaixo do terreno, além de um lençol freático que está a 400 metros do solo.

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 O documento de convocação da audiência indica ainda a possibilidade de negociação com o Grupo Silvio Santos de uma desapropriação ou permuta, com transferência de potencial construtivo.

Segundo o requerimento, o terreno localizado entre as ruas Jaceguai, Abolição, Japurá e Santo Amaro tem em seu entorno 47 imóveis tombados em nível municipal, cinco em nível estadual e três em nível federal.

“[Essa] É uma demanda popular do tradicional bairro do Bixiga, região que é palco de diversas tradições culturais, em especial da tradição do teatro paulistano, tal qual o ícone da arquitetura paulista o teatro Oficina, imóvel tombado e uma das mais importantes motivações para a preservação do terreno e criação do parque”, afirma o texto do projeto.

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Entre os convidados para o debate na próxima segunda estão representantes do Executivo, da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), do Grupo Silvio Santos, urbanistas, arquitetos, movimentos de moradia, além de diversos representantes da classe artística, incluindo José Celso Martinez Correa, dramaturgo e fundador da companhia de Teatro Oficina Uzyna Uzona.
 

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