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Cotidiano

Parque da Água Branca: frequentadores temem fim das atividades do Espaço de Leitura

Fundo Social promete reabertura do espaço em novembro, e ex-funcionários e frequentadores temem fim de atividades de incentivo à leitura

Bruno Hoffmann

21/10/2020 às 15:18

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Espaço de Leitura do Parque da Água Branca, na zona oeste de SP

Espaço de Leitura do Parque da Água Branca, na zona oeste de SP | /Divulgação/Grupo Amigos do Espaço de Leitura

Prometida para agosto, a reabertura do Espaço de Leitura do Parque da Água Branca, na zona oeste de São Paulo, ainda não ocorreu. As atividades foram encerradas em março deste ano, após 10 anos de funcionamento, e o contrato rescindido com a organização social responsável pelo serviço. O espaço é gerido pelo Fundo Social do Estado de São Paulo, presidido pela primeira-dama Bia Doria.

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Após contato da Gazeta, o Fundo Social informou que a reabertura do espaço foi remarcada para novembro e a gestão do serviço será feita em parceria com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa e a Organização Social SP Leituras, como uma medida de redução de custos. Frequentadores do parque e ex-funcionários do espaço, porém, temem que o serviço não mantenha o padrão de atendimento que ocorria antes do fechamento.

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Criado em 2010, o Espaço de Leitura do Parque da Água Branca promovia clubes de leitura, feiras de troca de títulos, apresentações culturais, oficinas educativas, atendimentos com transporte e alimentação a escolas públicas, contação de histórias, formação de professores e um fórum anual de incentivo à literatura. Antes da pandemia, cerca de 800 livros eram retirados e lidos todos os meses e uma média de 3 mil pessoas participavam mensalmente das atividades educativas e culturais. Mais de 55 mil livros já foram retirados do local.

Segundo Tatiana Fraga, idealizadora e ex-diretora do Espaço de Leitura, boa parte das atividades corre risco de não voltar a ocorrer. “O Espaço de Leitura era um projeto consistente. O que me preocupa é o que o espaço seja reaberto e que perca todo o trabalho que foi realizado”, disse.

Para o jornalista Ciro Hamen, morador do bairro, o espaço era um dos mais interessantes do parque da zona oeste da Capital. "Nem sei por que fechou, mas fico preocupado que o espaço não volte a ser a mesma coisa quando reabrir. Era um dos espaços mais legais do parque".

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Questionado pela reportagem, o Fundo Social não deu detalhes de quais atividades serão mantidas. “O local contará com acervo com cerca de 300 títulos e ações de promoção de leitura, em formato virtual, a partir de duas bibliotecas do Estado (Biblioteca de São Paulo e Biblioteca Parque Villa-Lobos), respeitando os protocolos para reabertura de bibliotecas preconizados pela prefeitura do município, em virtude da pandemia do COVID-19”.

Ainda segundo o Fundo Social, o atendimento no local será de quatro horas diárias, de segunda a sexta-feira.

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