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Cotidiano

Parque da Água Branca faz mistério sobre doação de aves a ONG

Hoje, cerca de 2.600 animais estão confinados em uma área cercada dentro do parque no bairro de Perdizes

Bruno Hoffmann

12/06/2024 às 19:15

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Aves apartadas no Parque da Água Branca, em Perdizes, zona oeste de São Paulo

Aves apartadas no Parque da Água Branca, em Perdizes, zona oeste de São Paulo | Bruno Hoffmann

A Reserva Parques, concessionária responsável pelo Parque da Água Branca, não respondeu a um questionamento da Gazeta se parte das aves que vivem na área verde da zona oeste de São Paulo vai ser, de fato, doada. A administração indicou esse desejo no fim do ano passado.

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Hoje, cerca de 2.600 animais de pena, como galinhas, patos e pavões, estão confinadas no Espaço Zootécnico, uma área cercada dentro do parque no bairro de Perdizes. Historicamente, eles vivam soltos, entre os frequentadores.

A concessionária explicou à reportagem que os bichos estão no local “em razão da decretação de emergência por conta da gripe aviária”, uma medida do governo federal prorrogada em maio deste ano.

“Todos os animais do parque são cuidados e acompanhados por biólogos, veterinários e zootecnistas”, informou a administração.

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A Reserva SP, porém, não respondeu se doou ou ainda pretende doar parte dos animais.

Menos animais

A proposta de doação de parte das aves foi apresentada por representantes da Reserva Parques em uma reunião do conselho em 2023. Na sequência foi iniciado processos burocráticos para concretizar a ação.

Os bichos foram recolhidos e estão apartados do público desde o ano passado, após uma portaria do Ministério de Agricultura e Pecuária declarar estado de emergência em todo o País por conta da gripe aviária.

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Segundo a Reserva Parques, um estudo feito pela USP em 2018 revelou que a população de animais no local é excessiva, e por isso a doação seria uma necessidade.

“De acordo com estudo de 2018, realizado por veterinários da USP, a população atual de aves no parque é excessiva e medidas devem ser adotadas para sua redução, entre elas a doação”, afirmou a administração, em nota enviada para a Gazeta em janeiro deste ano.

A concessionária também afirmou que a doação não descaracterizaria “a vocação agrícola do parque”.

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Mau cheiro

Frequentadores passaram a reclamar no ano passado do aumento do mau cheiro após o recolhimento das aves. A concessionária informou que desde novembro as equipes técnicas tiveram aumento de 50% do efetivo, para “ações de limpeza e manutenção como a troca periódica do substrato da área”.

Além da área verde em Perdizes, o consórcio também administra outros dois parques estaduais na Capital: o Villa-Lobos e o Cândido Portinari, ambos também na zona oeste. O edital prevê a cessão das áreas de uso público à iniciativa privada por 30 anos, com possibilidade de prorrogação.

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