Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
Segundo pesquisa, 40% dos adultos passaram a sentir com frequência tristeza e depressão | /Olegpmr
Continua depois da publicidade
O relato acima é da arquiteta Júlia Pimenta, de 26 anos, moradora de Perdizes, na capital paulista e a história dela vai de encontro com a de muitos brasileiros. Segundo dados da plataforma Consulta Remédios, que compara preços de itens de farmácia no Brasil, houve um aumento de 113% na busca por ansiolíticos e antidepressivos no país depois da pandemia.
Outra pesquisa, dessa vez da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostra que 40% da população adulta brasileira passaram a sentir com frequência tristeza e depressão e 50% relataram sensação frequente de ansiedade e nervosismo.
“Os dados sugerem que o brasileiro tem enfrentado problemas com depressão, insônia e ansiedade durante a pandemia. Nesse sentido, o acompanhamento médico é de vital importância para que as pessoas tenham uma recuperação segura e eficaz”, avalia Francielle Mathias, farmacêutica da plataforma Consulta Remédios.
Continua depois da publicidade
Impacto já era esperado
Para a psicóloga Raquel Martins dos Santos, especialista em Transtornos de Humor, Ansiedade e Depressão, o impacto na saúde mental das pessoas durante a pandemia já era esperado. Isso porque, em um primeiro momento, a necessidade de isolamento social tirou das pessoas o contato com o outro e motivação do ser humano.
“A restrição deixou as pessoas muito mais vulneráveis. Houve uma busca maior de ajuda de profissionais por conta de saúde mental depois da pandemia, pessoas que desenvolveram ansiedade e que tiveram piora nos quadros já existentes de ansiedade e depressão”, relata a profissional, que também notou piora nos níveis de estresse, problemas de sono e alimentação.
Leia Mais
Continua depois da publicidade
Pandemia aprofunda dificuldades das mulheres no mercado de trabalho
Mulheres foram mais afetadas
Ainda segundo Santos, a pandemia afetou a saúde mental de uma boa parte da população, entretanto, as mulheres foram as mais penalizadas. “Não há um perfil exato de pessoas que tiveram a saúde mental impactada, mas os mais inseguros e melancólicos sofreram muito, bem como as mulheres, por conta da jornada dupla de cuidar da casa, dos filhos, e ainda ser uma boa profissional.”
Por outro lado, o avanço da vacinação faz Santos ter esperança. “Acredito que vamos ver os problemas diminuírem, conforme vemos alguma normalidade. A vacina traz esperança e pode trazer uma redução nos problemas de saúde mental”, finaliza.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade