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Cotidiano

'Palmeiras não vai amar o Corinthians, mas vai amar o próximo', diz mãe de torcedora morta

Corpo da jovem foi velado na manhã desta terça-feira no Cemitério Memorial Parque Paulista, em Embu das Artes

Maria Eduarda Guimarães

11/07/2023 às 15:31  atualizado em 11/07/2023 às 15:46

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Enterro de torcedora do Palmeiras atingida por estilhaços de uma garrafa no entorno do Allianz Parque no último sabádo

Enterro de torcedora do Palmeiras atingida por estilhaços de uma garrafa no entorno do Allianz Parque no último sabádo | Rubens Cavallari/Folhapress

O corpo da torcedora do Palmeiras Gabriela Anelli Marchiano, 23, foi velado na manhã desta terça-feira (11) no Cemitério Memorial Parque Paulista, em Embu das Artes (Grande São Paulo). A jovem morreu após ser atingida por estilhaços de uma garrafa no entorno do Allianz Parque no sábado (8), onde ocorria uma partida contra o Flamengo. A despedida foi marcada por emoção e a presença da Mancha Verde.

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De moletom da torcida organizada do Palmeiras, o pai da jovem, Ettore Marchiano, disse que o time paulista foi parte importante da vida de Gabriela desde pequena. "A balada dela era o Palmeiras. Meninas de 23 anos gostam de outras coisas, mas ela gostava do Palmeiras", disse.

Marchiano lembra que sempre estava junto da filha durante os jogos e afirma que nunca imaginou que uma tragédia como essa poderia acontecer. "Saímos para festejar a união, tanto nas derrotas quanto nas vitórias.

Nunca pensamos nisso", disse ele, que considera que a violência que tirou a vida da sua filha está acontecendo de todos os lados. "Até quem não é torcedor parece que tem ódio pelo outro", afirmou.

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Retornar ao estádio não vai ser o mesmo, mas ele diz que vai se recordar da filha sempre que estiver lá.

"Chegávamos lá juntos e vamos embora juntos. Vou continuar o que ela queria", afirmou.

A mãe de Gabriela, Dilcilene Prado Anelli dos Santos, disse que também nunca imaginou que o jogo pudesse tirar a vida da filha. "Ainda vou chorar muito. Não vou ter o sorriso dela todo café da manhã, mas vou ter nas fotos e lembranças. Não está fácil, dói muito, mas tenho certeza que ela está cuidando de cada um de nós."

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Em relação à segurança nos jogos, a mãe de Gabriela afirma que os clubes devem tomar providências.

"Foi falha. Não podem entrar com garrafas. A gente sai do jogo e senta em um barzinho. Não precisa jogar uma garrafa. Poderia ter acontecido com muitas pessoas, como aconteceu com a minha filha."

Ela ainda fez um apelo aos times: "O Palmeiras não vai amar o Corinthians, mas vai amar o próximo. São vidas e temos que respeitá-las".

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Bruno Tadeu Anelli Pansica, tio de Gabriela, afirma que esse tipo de situação não deveria acontecer nos estádios. "Não dá para dizer que essas pessoas são amantes e gostam do verdadeiro futebol. Elas acabaram interrompendo o futuro de uma menina linda, com 23 anos e um futuro promissor, com diversos sonhos", declara. Ele conta que entre os desejos da sobrinha estavam morar fora do Brasil, acompanhar o Palmeiras nos Estados Unidos e cursar faculdade.

"Desejo que tenha paz nos estádios, que cada um torça para seu times. No jogo, um perde", afirma o tio, que além da mudança de conduta dos torcedores cobra medidas mais rigorosas, como a interrupção dos jogos.

"Precisa ter atitude, e assim acho que as pessoas vão ter uma conscientização."

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Ao final do velório, foram soltos fogos e sinalizadores em homenagem à torcedora.

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