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Cotidiano
'Recebi com verdadeira indignação as imagens da demolição de parte da arquibancada do Estádio do Pacaembu', escreveu o vereador
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Estádio do Pacaembu com arquibancada em ruínas | Reprodução/Twitter de Nabil Bonduki
O vereador Eduardo Suplicy (PT) prometeu convocar a concessionária Allegra Pacaembu para prestar esclarecimentos na Câmara Municipal, após a divulgação pelas redes sociais das arquibancadas laterais destruídas do estádio da zona oeste de São Paulo nesta quarta-feira.
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As arquibancadas leste e oeste do estadádio foram destruídas para contar com um subsolo de Arena E-sports, como são conhecidos os torneios de jogos eletrônicos.
“Recebi com verdadeira indignação as imagens da demolição de parte da arquibancada do Estádio do Pacaembu, promovida pela concessionária Allegra Pacaembu. A arquibancada é parte integrante do conjunto arquitetônico que está tombando junto à praça Charles Miller”, escreveu o vereador, ao publicar imagens.
Recebi com verdadeira indignação as imagens da demolição de parte da arquibancada do #EstádiodoPacaembu, promovida pela concessionária Allegra Pacaembú. A arquibancada é parte integrante do conjunto arquitetônico que está tombando junto à praça #CharlesMiler.+ pic.twitter.com/NvGARfyi7c
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Ele continuou: “Tomarei as providências cabíveis junto à Câmara Municipal de São Paulo para convocarmos mais uma vez, em regime de urgência, a concessionária que deverá prestar informações à municipalidade e reparar o dano da forma mais rápida possível”.
O arquiteto e urbanista Nabil Bonduki também criticou a ação da concessionária. “As arquibancada do Estadio do Pacaembu, tombado pelo patrimõnio, assentadas sobre o talude da grota do corrego Pacaembu, em um exemplo da arquitetura em diálogo com o meio físico, foram destruídas pela concessionaria Allegra Pacaembu”, escreveu ele.
“Essa demolição ilegal ocorre sob o olhar complascente de uma prefeitura submissa e omissa. Essa concessão do Pacaembu é um absurdo. A empresa já cometeu crimes suficientes para que a prefeitura denuncie o contrato e retome esse bem público que é de todos nós, que é de São Paulo”, completou o urbanista.
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A obra, porém, foi autorizada pelo Condephaat e pelo Compresp, os conselhos do Patrimônio Histórico do estado e do município de São Paulo.
Em junho do ano passado havia causado polêmica uma série de imagens com a destruição do tobogã no Pacaembu, mas que já estava no projeto original da concessionária.
No lugar do tobogã, será construído um prédio de cinco andares e quatro subsolos, totalizando 44 mil m² de área construída. O edifício vai abrigar um Centro de Convenções e eventos e um estacionamento na parte do subsolo.
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Em 25 de janeiro de 2020, a Allegra Pacaembu assumiu a gestão do Complexo Esportivo do Pacaembu por 35 anos.
“A concessionária prevê investir mais de R$ 400 milhões no bem público tombado, entregando de volta à cidade um equipamento totalmente restaurado e modernizado, respeitando sua história e amplificando seu significado”, diz a concessionária, em seu site oficial.
A Gazeta solicitou à Allegra Pacaembu uma visita às obras do estádio. A concessionária informou que vai estudar a possibilidade e responder até a próxima semana.
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