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Maritacas todos os dias tomam fachada de prédios no Tatuapé | Bruno Hoffmann
“Todo santo dia elas estão aí”. A frase é de um pizzaiolo, ao ser questionado pela reportagem da Gazeta se as centenas – talvez milhares – de maritacas que tomavam a fachada de três prédios vizinhos no Tatuapé no fim da tarde do último domingo (16) são normais pela região.
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O fenômeno impressiona. As aves pousam pelos andares mais altos dos prédios com tijolos aparentes na rua Aguapeí, e com o som estridente característico da espécie anunciam que a noite está chegando. Mas, afinal, o que faz o pássaros serem atraídos pelo edifício na zona leste de São Paulo?
O site “Verde SP” ajuda a esclarecer a questão. Em reportagem de 2020, o portal explica que a aglomeração acontece diariamente às 5h30 e às 17h há pelo menos 25 anos. A razão seria o fato de fachada desses prédios ter barro, que faz parte da dieta natural do animal.
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Estudos apontam que o consumo de terra auxilia na redução da toxidez de alguns dos compostos das plantas que a ave ingere, além de fornecer nutrientes como sais minerais. Fora da cidade, elas costumam encontrar esse alimento em barrancos.
“Esses prédios são conhecidos como ‘prédios das maritacas’. Elas ficam mais perto do Ceret, mas chegam até nas redondezas da Radial”, explicou a professora Juliana Teixeira à Gazeta, indicando que os pássaros verdes são populares em todo o bairro.
O Ceret é uma das principais áreas verdes da região, e é considerado um espaço na Capital para a observação de aves. De acordo com o médico veterinário Flávio de Sousa, em um fórum da internet, o parque é um dos mais ricos da cidade para a atividade.
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“É impressionante a quantidade de pássaros, observando-se o tamanho do parque, que é pequeno. Não têm áreas de mata fechada, talvez o que possibilite a visualização mais fácil das aves”, explicou ele.
Os moradores dos três edifícios, conforme o "Verde SP", já se acostumaram com os animais. Porém, alguns dormem com protetores auriculares, para não serem despertados às 5h30 com o famoso barulho da ave verde.
O portal garante que a fachada não está estragada, apesar da “bagunça” diária feita pelas maritacas, como popularmente são conhecidos os periquitão maracanã (Psittacara leucophthalmus). O local passa por manutenção a cada três anos, com aplicação de resina. E as pessoas e os animais convivem normalmente, todo santo dia.
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