A+

A-

Alternar Contraste

Sexta, 20 Setembro 2024

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta

Cotidiano

OMS recebe novos dados de Covid na China que sustentam tese de subnotificação

Não está claro o motivo de tamanha discrepância (variação de 7.100%) no número de infecções e mortes, mas alguns fatores podem explicá-la

05/01/2023 às 10:31  atualizado em 05/01/2023 às 10:34

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
A partir das informações fornecidas por Pequim, a OMS contabilizou 218 mil novos casos e 648 mortes na semana encerrada em 1° de janeiro

A partir das informações fornecidas por Pequim, a OMS contabilizou 218 mil novos casos e 648 mortes na semana encerrada em 1° de janeiro | Reprodução/Nações Unidas/YouTube

Um dia depois de afirmar que a China não está mostrando em números o impacto real dos novos surtos de Covid-19 em seu território, a OMS (Organização Mundial da Saúde) recebeu novos relatórios do país asiático. Os dados sustentam a tese de que pode haver subnotificação dos efeitos da crise sanitária chinesa, em especial no número de mortes, e apontam alta de quase 50% no índice de hospitalizações em decorrência do coronavírus. 

Continua depois da publicidade

A partir das informações fornecidas por Pequim, a OMS contabilizou 218 mil novos casos e 648 mortes na semana encerrada em 1° de janeiro. No mesmo período, as autoridades chinesas confirmaram oficialmente apenas nove mortes. 

Não está claro o motivo de tamanha discrepância (variação de 7.100%), mas alguns fatores podem explicá-la. Um deles é que a definição de mortes por Covid na China é diferente da de outros países -e o diretor de emergências bateu nessa tecla na quarta-feira (3) ao afirmar que é uma "definição muito estrita". Outro fator tem também peso geopolítico; a OMS inclui nos dados não apenas a China continental, mas Hong Kong, Macau e Taiwan -ilha que busca independência mas é considerada por Pequim uma província rebelde. 

O relatório mais recente aponta um total de 22.416 hospitalizações por Covid na mesma semana, o que representa aumento de 47,85% em relação às 15.161 internações do período imediatamente anterior, embora ainda abaixo do pico histórico de quase 29 mil registrado no início de dezembro. 

Continua depois da publicidade

Pequim deixou de enviar relatórios à OMS depois de suspender a política de Covid zero, no início de dezembro. Em âmbito doméstico, dois dos principais órgãos de saúde do país, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e a Comissão Nacional de Saúde (NHC) haviam anunciado que deixariam de divulgar informes diários sobre casos e mortes por Covid sob a alegação de que o fim das medidas mais restritivas na prática impossibilitavam um acompanhamento mais detalhado. 

O apagão de dados, somado ao histórico de controle estrito sobre a circulação de informações no regime de Xi Jinping, acendeu alertas sobre a subnotificação dos efeitos da crise chinesa em meio a relatos de hospitais lotados, médicos forçados a trabalhar mesmo quando infectados e uma alta não totalmente explicada na demanda de serviços funerários.

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados