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Cotidiano
Saiba o que pode acontecer após o prefeito Ricardo Nunes sancionar lei que proíbe o uso de animais em apostas na cidade de São Paulo
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Jockey Club de São Paulo | Reprodução/Google Street View
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) sancionou nesta semana a lei que proíbe o uso de animais em apostas na cidade de São Paulo, e estabelecimentos do setor devem encerrar as atividades em até seis meses. A medida impacta diretamente as atividades do Jockey Club, na zona sudoeste da cidade.
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A prefeitura pretende que o terreno do local que hoje recebe corridas de cavalo passe para a gestão municipal. O Jockey Club tem uma dívida de aproximadamente R$ 600 milhões em IPTU com a cidade de São Paulo.
Uma cláusula no registro do imóvel indica essa finalidade em caso de encerramento das atividades.
O projeto foi aprovado inicialmente na Câmara Municipal, a partir de uma proposta do vereador Xexéu Tripoli (União Brasil), e só depois seguiu para sanção de Nunes.
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A presidente da Câmara, Milton Leite (União Brasil), já deixou claro que pretende transformar o jóquei paulistano em um parque municipal.
Em 2023, Leite incluiu no Plano Diretor Estratégico (PDE) a criação do Parque do Jockey Club, que recebeu o nome do Parque João Carlos Di Genio.
O presidente da Câmara chegou a apresentar um projeto que autorizava a prefeitura a desapropriar o Jockey Club para criar o parque, que chegou a ser aprovado em primeiro turno. A votação em segundo turno não foi necessária justamente porque a proposta foi incluída no PDE.
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Com isso, agora depende da gestão Nunes criar de fato o parque.
Já o autor da lei que colocou fim às atividades com animais com finalidade de apostas, Xexéu Tripoli, disse que também quer que o local se transforme num parque.
"Espero muito que a partir dessa mudança, o Jockey Club possa ter outra função para a cidade, para que todos consigam aproveitar do espaço. Seria ótimo se o local pudesse ser um parque público. Seria muito mais bem aproveitado por todos", afirmou Xexéu, à Gazeta.
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Ele também defendeu a nova lei municipal.
"A votação foi uma vitória para a proteção animal e, principalmente, para os cavalos. No Kentucky derby [nos Estados Unidos], por exemplo, mais de 12 cavalos foram sacrificados depois de sofrerem fraturas e lesões. O cavalo não tem opção de correr ou não, ele faz aquilo porque ele é conduzido pelo humano", afirmou.
O Jockey Club classificou como "absurda" a proposta de desapropriar o terreno do hipódromo "para possível especulação imobiliária", e disse que vai buscar a Justiça para tentar reverter a proibição da atividade na Capital.
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"O Jockey Club de São Paulo adotará as medidas legais cabíveis para garantir seus direitos e das milhares de famílias que dependem das atividades turfísticas", afirmou, em nota.
A Gazeta entrou em contato com a Prefeitura de São Paulo sobre a possibilidade de transformar o Jockey Club em parque, que respondeu que tem 15 dias ainda para definir.
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