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Cotidiano
Marta era secretária da Prefeitura de SP, e deixou o cargo após acordo para retornar ao PT e ser vice na chapa de Guilherme Boulos
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Ricardo Nunes e Marta Suplicy | Divulgação/PMSP
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse nesta quarta-feira que a saída de Marta Suplicy (sem partido) da sua gestão é um assunto superado. Ela era secretária de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo, e deixou o cargo no dia anterior após acordo para retornar ao PT e ser vice na chapa de Guilherme Boulos (PSOL) nas eleições municipais deste ano.
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"De comum acordo, ela segue um caminho e eu continuo seguindo o meu, governando a cidade”, resumiu o emedebista a jornalistas.
Nunes e Marta se reuniram na tarde de quarta para tratar sobre o tema. Ela chegou com uma carta de demissão, mas Nunes já havia decidido que faria a demissão da então secretária. Oficialmente, segundo o Diário Oficial, Marta foi exonerada pelo prefeito.
Nunes disse a interlocutores estar “decepcionado demais” com Marta, e decidiu demitir a ex-prefeita por “quebra de confiança”.
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Marta se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na segunda-feira (8), no Palácio do Planalto, em Brasília. No encontro, o presidente oficializou o convite para ela retornar ao PT e ser vice da pré-campanha do deputado federal Guilherme Boulos à Prefeitura de São Paulo.
Ela não avisou Nunes sobre a reunião com Lula.
Nunes e Boulos polarizam neste momento a disputa à prefeitura da Capital nas próximas eleições, que serão realizadas em outubro deste ano. Marta, que hoje está sem partido, é uma figura histórica do PT, legenda pela qual ela foi prefeita de São Paulo entre 2001 e 2004.
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O deputado federal Rui Falcão (PT-SP), ex-presidente nacional do PT e articulador da reunião entre Marta e Lula, disse nesta terça-feira que agora só depende da resposta da atual secretária de Nunes para sacramentar a volta dela ao PT.
“Cabe a ela dar esse sim ou não a esse convite que foi formulado, obviamente não sem antes conversar com o prefeito, da qual ela é secretária”, disse o parlamentar à reportagem da Gazeta, em evento de apoio do PDT a Boulos na Capital.
Um outro assessor afirmou que a ex-prefeita deve topar o convite de Lula por não aceitar a busca de Nunes pelo apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O prefeito intensificou os pedidos públicos pelo apoio de Bolsonaro, que ainda mantém dúvida sobre ir com Nunes ou colocar suas fichas na pré-campanha do deputado federal Ricardo Salles (PL).
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Para sacramentar o retorno, Marta também vai precisar readquirir a confiança de parte do PT, que não aceitou a falta de apoio dela à então presidente Dilma Rousseff (PT), durante o processo de impeachment. Marta deixou o PT em 2015.
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