Nunes sanciona lei que pretende quase dobrar população de Mooca e Ipiranga

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) sancionou nesta quinta-feira a Operação Urbana Consorciada Bairros do Tamanduateí, que propõe uma série de intervenções em bairros das zonas lestes e sul da de São Paulo, como Mooca, Ipiranga, Cambuci, Vila Carioca e Vila Prudente. A meta é que a região passe dos atuais 139 mil moradores para 260 mil no período de 20 anos, em um aumento de cerca de 87% de habitantes.

Para isso, a nova legislação propõe uma série de ações para o desenvolvimento econômico, urbanístico e social dos bairros do entorno do rio Tamanduateí. A premissa do plano urbanístico é incentivar a verticalização e, consequentemente, o adensamento populacional. A lei prevê que ao menos 35% dos recursos arrecadados sejam destinados para habitação para famílias de baixa renda.

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O prefeito afirmou  durante a sanção que os bairros afetados passarão por uma grande transformação, com geração de emprego e renda, além da reurbanização, com a manutenção de empresas e indústrias.

“A gente vai poder arrecadar R$ 1,1 bilhão das outorgas para as empresas construírem, e a construção gera emprego, gera renda, reurbaniza e traz política habitacional”, disse.

“Esse recurso será destinado para essa região na seguinte proporção: 35% do valor arrecadado vão para construção de habitações de interesse social, 15% vão para ampliação de equipamentos públicos e 5% para preservação dos bens tombados”, completou Nunes.

A operação prevê a criação de 12 parques, entre outras áreas verdes, e a reabertura de trechos canalizados do Tamanduateí. Há também indicação para tombamento de equipamentos públicos.

A cidade tem outras três operações urbanas ativas: Faria Lima, Água Espraiada e Água Branca. Elas foram responsáveis por grande parte da transformação e valorização dessas áreas nas últimas décadas.

Outros dois projetos de transformação urbana foram promulgados nos últimos: os Planos de Intervenção Vila Leopoldina e Jurubatuba. Já a revisão da Lei de Zoneamento aguarda a sanção do prefeito após a aprovação na Câmara Municipal, em dezembro.