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Cotidiano
O temporal de terça (9) deixou transtornos na capital, com árvores caídas sobre fios e postes, falta de energia elétrica e semáforos inoperantes
10/01/2024 às 14:30
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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) | Wilson Dias/Agência Brasil
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disparou críticas contra a Enel e o presidente da empresa, Max Xavier Lins, durante um evento que precisou se cancelado por falta de luz na manhã desta quarta (10). O temporal de terça (9) deixou transtornos na capital, com árvores caídas sobre fios e postes, falta de energia elétrica e semáforos inoperantes.
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Segundo Nunes, é mentirosa a declaração de Lins de que há 800 caminhões da empresa trabalhando em reparos na cidade nesta quarta-feira. O prefeito afirmou que vai à Justiça contra a concessionária e que fará uma nova representação à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para que a empresa deixe a cidade.
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"A gente está levantando todos os dados, possivelmente protocolamos hoje. Vamos solicitar que eles apresentem no site deles onde estão esses caminhões. O Max me mandou um WhatsApp dizendo que tinha 800 equipes [nas ruas]. Mentira, é mentira. Ele é mentiroso", afirmou Nunes.
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Procurada, a Enel afirmou que apura as informações.
O prefeito quer que a Justiça determine que o site da Enel exiba informações completas sobre os pedidos de restabelecimento de energia, como data e horário da solicitação, e que a localização dos caminhões da companhia esteja disponível online, em aplicativos.
As tempestades desta segunda (8) e terça deixaram milhares de pessoas sem energia elétrica em São Paulo.
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Nesta quarta (10), a falta de luz provocou o cancelamento da cerimônia de posse dos conselheiros tutelares em uma unidade da Unip da Vila Clementino. Nunes chegou a ir ao local, onde falou com jornalistas sobre as ações contra a Enel, mas o evento foi cancelado. Havia geradores à disposição, mas os equipamentos não aguentaram a demanda do ar-condicionado.
Segundo Nunes, a queda de uma árvore causou a interrupção do fornecimento de energia. O prefeito criticou a demora da Enel em restabelecer o serviço.
"A gente está com esse sofrimento de uma empresa que fala que tem um plano de contingência, porque quando a gente ganhou a ação, a primeira, daquilo ocorrido no dia 3 de novembro, a Justiça concedeu para a Prefeitura de São Paulo que eles apresentassem o plano de contingência e cumprissem, mas eles não cumpriram", afirmou.
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Em decorrência disso, Nunes afirmou que vai registrar uma nova representação na Aneel.
"Vamos fazer uma representação na Aneel porque tem que acabar, essa empresa precisa sair daqui. Não compete à prefeitura, porque é um órgão federal. Nós vamos notificar dizendo o seguinte: já aconteceu lá em novembro, aconteceu de novo, esse é o terceiro grande episódio onde a Enel não dá resposta", afirmou.
Nunes também se queixou da Aneel. Segundo ele, a agência reguladora teria dito que faria uma fiscalização contundente da Enel e que apresentaria a ações a serem tomadas, o que não teria ocorrido.
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"Isso aconteceu lá em novembro. Até agora a agência nacional não apresentou nada, e a gente tem previsão de que até o final de março a gente vai ter problema [com chuvas]. Imagina a gente passar três meses com uma empresa aqui com essa irresponsabilidade. A cidade não aguenta mais", concluiu.
Questionada, a Aneel não respondeu à reportagem até a publicação deste texto.
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