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Cotidiano
Em entrevista à Gazeta e à Rádio Trianon, prefeito de SP fala sobre cracolândia, tarifa zero nos ônibus e bronca nos subprefeitos
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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, durante entrevista à Rádio Trianon e à Gazeta | Ettore Chiereguini/Gazeta de S. Paulo
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse que a questão da cracolândia está sendo tratada pelas “mais altas funções de estado” para minimizar os problemas gerados pela aglomeração de usuários de drogas na região central de São Paulo. A afirmação foi dada ao programa Metrópole em Foco, da Rádio Trianon, na última sexta-feira (28). A bancada de entrevistadores contou com a reportagem da Gazeta.
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Segundo o emedebista, a criação do “Hub de Cuidado com Crack e outras Drogas”, situado no centro da cidade e sob a coordenação do vice-governador Felício Ramuth (PSD, que também participou da entrevista na Rádio Trianon), é a demonstração que as gestões municipal e estadual estão tratando o tema com uma prioridade inédita na Capital.
“O governador Tarcísio de Freitas nomeou o vice-governador. Eu nomeei o secretário de Governo [Edson Aparecido], que é o cargo mais alto depois do prefeito, já que não tenho vice. É para a população entender que a gente está tratando o tema com a maior seriedade, com a maior dedicação, colocando as mais altas funções de estado para coordenar esse trabalho de perto”, afirmou.
Nunes contou que a primeira medida adotada ao tomar posse do cargo – após a morte de Bruno Covas (PSDB) –, em maio de 2021, foi a de fazer reuniões para estancar o crescimento de usuários no centro da capital paulista. Apesar de atualmente haver uma percepção geral de existir um aumento de frequentadores da cracolândia, Nunes garantiu que um conjunto de ações conseguiu diminuir bastante a quantidade de usuários de drogas em cenas abertas.
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“Objetivamente, em 2016 tinham lá 4 mil usuários dessas cenas abertas de uso. Hoje tem mil. É muito claro que temos um avanço”, disse. “O problema a ser enfrentado”, afirmou o prefeito, “é que os mil que estão agora são os que têm mais resistência em aceitar o tratamento”.
Conforme uma pesquisa da Unifesp citada por Nunes, 57,4% dos atuais usuários estão na região há mais de 5 anos. Já 39% estão há mais de 10. “Não precisa ser especialista para saber que quem está há mais de 5 anos ou há mais de 10 anos vai ter uma resistência muito maior de aceitar o tratamento. Sabemos de todas as consequências que o crack faz com as pessoas”.
Ao mesmo tempo em que garante oferecer tratamento, ele anunciou que as forças policiais estão reforçadas para combater os traficantes. “Não tem meia conversa: traficante tem que estar preso”.
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Tarifa zero
O prefeito revelou que a SPTrans continua fazendo um estudo para levantar a possibilidade de implementar a tarifa zero para os ônibus municipais da Capital, a seu pedido. Segundo ele, os municípios paulistas que adotaram a medida tiveram resultados positivos.
“Todas as cidades melhoraram seu potencial econômico. E melhorando a economia melhora a questão da geração de emprego e de renda”, afirmou.
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Ele destacou, porém, que pelo tamanho da Capital a análise precisa ser mais detalhada. “Tenho muita vontade de fazer. Mas, evidentemente, qualquer ação que eu tome precisa de muito embasamento. Chegando esses estudos a gente vai tomar a decisão”, disse.
Programa habitacional
Sem citar o nome do ex-prefeito Fernando Haddad (PT), hoje ministro da Economia do presidente Lula (PT), Nunes disse que têm setores que falam que é “o defensor da habitação”, mas que “entre 2013 e 2016 entregou só 5.500 unidades” na cidade de São Paulo.
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“Eu já entreguei 5.962 e estou com 18.200 em obras. Até o fim do ano que vem entre entregues, em obra e contratadas serão 104 mil unidades. O programa habitacional da cidade de São Paulo é maior que o programa habitacional do governo federal”, garantiu Nunes.
Vazou
O prefeito paulistano comentou sobre o vídeo em que aparece dando uma bronca no então subprefeito de Pinheiros, no início deste ano, que acabaria demitido do cargo. “Esse negócio de fazer vídeo, colocar em grupo [dos subprefeitos] e achar que ninguém vai vazar... esquece”, disse. Ele garantiu também que os subprefeitos estão cientes que podem ser afastados a qualquer momento em caso de descontentamento. “Todos sabem: se não fizerem o que tiver que ser feito eu vou demitir”.
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“Em alguns casos tem que demitir para sair da administração pública e em outros tem que demitir porque ele não tem perfil para aquela atividade, mas pode ter perfil para outra”, concluiu.
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