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Cotidiano
Termômetros alcançaram níveis que antes só eram registrados em períodos quentes da pré-história
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Temperatura global superou a marca durante boa parte do ano passado | Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo
O ano de 2024 já é, oficialmente, o mais quente desde o início das medições históricas. A afirmação é da Nasa e de outras agências internacionais, em nota divulgada conjuntamente, nesta sexta-feira (10/1). As medições começaram em 1880.
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“Nunca foi tão urgente compreender as mudanças climáticas”, disse Bill Nelson, administrador da Nasa.
Entre as outras agências que participaram da divulgação, mas haviam feito estudos independentes, estão o observatório europeu Copernicus e a Organização Meteorológica Mundial (OMM), ligada à Organização das Nações Unidas (ONU).
Este foi o primeiro ano a ultrapassar a marca de 1,5°C de aumento na temperatura média da Terra em relação aos níveis pré-industriais - ou seja, anteriores à emissão em larga escala de gases causadores de efeito estufa.
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Vale lembrar que os humanos podem suportar até 46,1 °C antes de colapsar, dizem cientistas.
Segundo uma série de estudos, 1,5°C é o 'limite seguro' considerado das mudanças climáticas para não haver consequências catastróficas da crise climática até o fim deste século.
É, também, a meta pactuada no Acordo de Paris, de 2015.
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Ainda segundo as agências, no estudo divulgado nesta sexta, a temperatura global superou a marca durante boa parte do ano passado.
Os termômetros alcançaram níveis que antes só eram registrados em períodos quentes da pré-história, quando os oceanos estavam muito mais elevados.
As estimativas mais altas foram as do observatório Copernicus, que calculou que o ano teve aquecimento de 1,6°C em relação ao período anterior à Revolução Industrial, e a da Universidade da Califórnia em Berkeley, com 1,62°C.
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A OMM indicou que esse aquecimento foi de 1,55°C. Já a Nasa estimou que o incremento em relação aos níveis pré-industriais foi de 1,47°C.
O aumento do calor pode gerar consequências graves, como ondas de calor mais intensas, aumento das chuvas extremas e o risco crescente de inundações em diversas partes do mundo.
Os cientistas destacaram, no entanto, que o calor de 2024 não signifique que essa barreira tenha sido definitivamente rompida.
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