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Cotidiano
Ao lado de seu antecessor no cargo, Márcio França, Costa Filho também defendeu o programa que visa a baratear passagens aéreas para aposentados
13/09/2023 às 17:19 atualizado em 13/09/2023 às 17:25
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Costa Filho novo ministro | Agência Brasil
O novo ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), afirmou nesta quarta-feira (13) que vai trabalhar contra a privatização do Porto de Santos (SP).
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Ao lado de seu antecessor no cargo, Márcio França, Costa Filho também defendeu o programa que visa a baratear passagens aéreas para aposentados.
Silvio Costa Filho tomou posse como novo ministro dos Portos e Aeroportos, em uma cerimônia fechada e restrita, no gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O formato contrasta com as posses anteriores, no salão nobre do Palácio do Planalto, com discursos de autoridades.
Outros dois ministros foram empossados nesta quarta-feira, no mesmo evento: André Fufuca, no Esportes, e Márcio França, na nova pasta do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.
Costa Filho afirmou logo após a sua posse que pretende trabalhar contra a privatização do Porto de Santos. A postura contrasta com a de seu correligionário, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que, enquanto ministro do governo Jair Bolsonaro (PL), defendeu esse processo.
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"O Porto de Santos, o nosso desejo é de trabalhar pela não privatização. Mas vamos dialogar com o setor produtivo. Decisão portuária de privatização é decisão de governo. Vou ligar para o presidente [Anderson] Pomini para já a partir de amanhã ou sexta-feira fazermos uma reunião sobre o Porto de santos", afirmou.
Também presente na entrevista, o antecessor na pasta, Márcio França, afirmou que o desafio agora será encontrar um "formato" para a operação do porto.
"Havia uma visão do governo passado que era de fazer a venda do CNPJ. Essa posição o presidente Lula sempre foi contrário, e eu naturalmente defendi a posição do presidente Lula. O ministro [Silvio Costa Filho] já se manifestou sobre isso, falou sobre isso e acho que o próprio governador de São Paulo já não pensa mais nesse formato. Vamos encontrar um formato, com a posição dele, que é do mesmo partido que o governador, [e isso] vai facilitar ainda mais essa relação", afirmou.
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Lula disse a França na semana passada que diria ao próprio Marcos Pereira, presidente do Republicanos, que não gostaria de privatizar o Porto de Santos.
França disse a aliados ter a expectativa de que o presidente tire o órgão do rol de privatizações.
Silvio Costa Filho também defendeu e prometeu levar adiante o programa de passagens aéreas mais baratas para aposentados, o chamado Voa Brasil.
"Hoje à noite, já temos reunião com ministros de Minas e Energia e do Turismo para trabalhar com companhias aéreas para buscar redução dos preços das passagens. Importante para aposentados, o Voa Brasil é um projeto que em breve queremos apresentar."
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Ao longo das negociações da reforma ministerial, aliados de Lula ponderaram que a presença de um filiado do Republicanos na Esplanada pode vir a fortalecer o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, principal aposta do partido para disputar o Planalto em 2026.
Tarcísio é apontado como um possível herdeiro do espólio eleitoral de Bolsonaro.
Apesar de ter um ministério, o Republicanos afirmou por meio de nota que o partido seguirá independente e não fará parte da base de apoio do presidente.
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Desde o início do novo mandato de Lula, Costa Filho atua como voz dissonante na bancada por buscar aproximar o Republicanos do governo.
Chamado pelo próprio presidente de Silvinho, como é conhecido no Congresso, o parlamentar apoiou a candidatura petista na eleição de 2022 -apesar de seu partido ter endossado Bolsonaro.
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