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Abraham Weintraub (foto) assume o cargo no MEC após demissão de Ricardo Vélez Rodríguez, anunciada nesta segunda-feira | /Rafael Carvalho/Divulgação Casa Civil
O novo ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse ao jornal "O Estado de S. Paulo" que fará uma gestão técnica à frente da pasta. Ele afirmou, contudo, que isso não significa que trabalhará desconectado das convicções do governo Jair Bolsonaro, que tem "ideologia uma clara". Ele assume o cargo após a demissão de Ricardo Vélez Rodríguez, anunciada nesta segunda.
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"Sou um técnico. Minha missão é cumprir o que foi escrito no programa de governo de forma serena, tranquila e eficiente, de forma a gerar bem-estar ao cidadão. Esse é o objetivo do Estado, que existe para servir ao cidadão", disse em breve entrevista após ter seu nome confirmado pelo presidente Bolsonaro nesta segunda-feira.
Aluno inscrito do curso de Olavo de Carvalho, Weintraub reafirmou ter grande admiração pelo professor, mas disse não ter um alinhamento automático com ele.
"Ele tem ideias muito boas, mas não sigo ipsis litteris tudo o que ele fala. Não é que porque gosto de música clássica que não escute rock and roll de vez em quando", disse. Com passagem pelo mercado financeiro e ex-professor universitário, ele vinha ocupando a secretaria-executiva da Casa Civil e seu nome passou a ser considerado por Bolsonaro há cerca de uma semana.
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Weintraub afirmou que está pronto para assumir o posto. "Fui uma das pessoas que elaborou o plano de governo do presidente. Participei do debate sobre diversas áreas, inclusive das discussões sobre educação. Sinto-me preparado para o cargo", disse.
Ele afirmou que, analisando o perfil dos que ocuparam o cargo de ministro da Educação desde o início do governo Lula, seu currículo se sobressai por trazer ao posto o perfil executivo de quem trabalhou por muito anos em empresas privadas.
"Dos 11 ministros, 64% eram filiados a algum partido. Eu não tenho filiação partidária. Sou puramente técnico. E trago uma novidade importante, que é a minha experiência na iniciativa privada", afirmou.
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Marxismo cultural.
Abraham Weintraub defende que é preciso vencer o chamado marxismo cultural das universidades a partir dos ensinamentos do guru do bolsonarismo. Essa ideia foi apresentada por ele em dezembro a apoiadores do presidente durante um evento organizado por seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro(PSL-SP), em Foz do Iguaçu. "Dá para ganhar deles. É Olavo de Carvalho adaptado", disse
Abraham.
"E como ganhamos deles? Não sendo chatos. Temos que ganhar com humor e inteligência".
(EC)
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