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Segundo a análise, a taxa de elevação atingiu 0,59 centímetros | Wikimedia Commons
O nível global do mar apresentou uma elevação superior à esperada no ano de 2024, principalmente devido ao aquecimento dos oceanos, revelou uma análise da Nasa, agência espacial norte-americana, publicada nesta quinta-feira (13/3).
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Segundo a análise, a taxa de elevação atingiu 0,59 centímetros, valor consideravelmente superior à projeção inicial de 0,43 centímetros no ano.
A pesquisa indica que anteriormente cerca de dois terços desse aumento eram atribuídos à água do derretimento de geleiras e camadas de gelo terrestres, enquanto aproximadamente um terço resultava da expansão térmica da água oceânica.
Entretanto, em 2024, o número foi invertido, dois terços da elevação foi consequência direta da expansão térmica. A Nasa revelou também que o ano passado foi o mais quente desde o início das medições históricas.
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Desde 1993, quando os registros por satélite foram iniciados, a taxa anual de elevação do nível do mar mais que dobrou. Neste período, o nível global dos oceanos subiu aproximadamente 10 centímetros.
Atualmente, o monitoramento é realizado pelo satélite Sentinel-6 Michael Freilich, lançado em 2020. O futuro satélite Sentinel-6B da agência dará sequência às medições do nível da superfície marinha para aproximadamente 90% dos oceanos mundiais.
A Nasa explica que transferência de calor para os oceanos, responsável pela expansão térmica da água, ocorre por diversos mecanismos. Em condições normais, a água do mar fica "separada" em camadas determinadas por temperatura e densidade, com água mais quente flutuando sobre camadas mais frias e densas.
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Grandes correntes, como as presentes no Oceano Austral, têm a capacidade de inclinar essas camadas, facilitando o deslocamento das águas superficiais para regiões mais profundas.
O El Niño, fenômeno climático, também contribui para esse processo, uma vez que o deslocamento de grandes massas de água quente, normalmente localizadas na região oeste do Oceano Pacífico, para as regiões central e leste, resulta em movimentos verticais de calor através das camadas oceânicas.
Por isso, o estudo reforça a preocupação da comunidade científica com os impactos das mudanças climáticas, especialmente para comunidades costeiras que já enfrentam episódios mais frequentes de inundações durante marés altas, como no caso de diversas regiões da Flórida e da Indonésia.
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