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Cotidiano

Nasa divulga foto que captura quebra da barreira do som; confira

Equipes da Nasa em terra usaram a fotografia de Schlieren para capturar as ondas de choque ao redor da aeronave

Leonardo Sandre

04/03/2025 às 19:20

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Um registro fotográfico mostra a barreira do som sendo quebrada quando o primeiro jato supersônico civil dos Estados Unidos completou seu segundo voo a velocidades superiores a Mach 1

Um registro fotográfico mostra a barreira do som sendo quebrada quando o primeiro jato supersônico civil dos Estados Unidos completou seu segundo voo a velocidades superiores a Mach 1 | Nasa/Boom Supersônico

Um registro fotográfico mostra a barreira do som sendo quebrada quando o primeiro jato supersônico civil dos Estados Unidos completou seu segundo voo a velocidades superiores a Mach 1. O ocorrido foi em 10 de fevereiro.

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As equipes da Nasa em terra usaram a fotografia de Schlieren para capturar as ondas de choque ao redor da aeronave de demonstração XB-1 da Boom Supersonic enquanto ela avançava pelo ar.

“Esta imagem torna o invisível visível”, disse Blake Scholl, fundador e CEO da Boom Supersonic, em um comunicado à imprensa.

Como foi feita a captura

Para a captura das imagens de Schlieren, o piloto chefe de testes da Boom, Tristan “Geppetto” Brandenburg, posicionou o XB-1 em um momento exato e em um local estratégico sobre o Deserto de Mojave.

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Enquanto a aeronave voava em frente ao Sol, a equipe da Nasa registrou as mudanças na velocidade do ar como acima de Mach 1, a velocidade do som (761,23 milhas por hora ou 1.225,1 quilômetros por hora).

As imagens foram capturadas por telescópios terrestres com filtros especiais que detectam distorções do ar.

Sem estrondos sônicos

Foram coletados também os dados sobre o volume de som produzido pelo XB-1 na rota de voo. A Boom diz que sua análise descobriu que nenhum estrondo sônico audível atingiu o solo durante o voo.

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Os engenheiros envolvidos na corrida para trazer de volta estas viagens aéreas supersônicas comerciais estabeleceram como um dos principais objetivos minimizar este estrondo sônico.

Os governos internacionais proibiram que estes sons possam ocorrer em áreas densamente povoadas ou os restringissem apenas sobre o mar.

Não ter um estrondo sônico audível, diz Scholl, “abre caminho para voos de costa a costa até 50% mais rápidos”.

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Em 28 de janeiro deste ano, o XB-1 fez seu primeiro voo supersônico. A aeronave é a precursora do desenvolvimento do avião comercial supersônico da Boom, o Overture.

O tão aguardado avião já tem 130 pedidos e pré-encomendas da American Airlines, United Airlines e Japan Airlines.

Retorno tão aguardado

Se passaram quase 55 anos desde que o protótipo 002 do Concorde voou pela primeira vez a Mach 1 em 25 de março de 1970, e mais de 21 anos desde que as viagens supersônicas comerciais terminaram com o voo final do avião anglo-francês em novembro de 2003.

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Houve vários concorrentes no espaço supersônico, enquanto os Concordes restantes acumulam poeira em museus no Reino Unido, EUA e França, mas até agora ninguém teve sucesso.

As ambições da Boom Supersonic permanecem altas. O CEO Blake Scholl disse à CNN no ano passado que espera que os aviões supersônicos substituam os aviões comerciais convencionais em nossa vida.

“Eu acredito muito no retorno da viagem aérea supersônica e, finalmente, em trazê-la a todos os passageiros em todas as rotas. E isso não é algo que acontece da noite para o dia”, ele disse em março de 2024.

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O plano da Boom é que o Overture esteja em operação antes do final da década, transportando de 64 a 80 passageiros a Mach 1,7, cerca de duas vezes a velocidade dos aviões subsônicos atuais.

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