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Cotidiano

'Não resta a menor dúvida sobre a autoria do crime', diz delegado sobre a morte de Henry

O padrasto de Henry, o vereador Dr. Jairinho, e a mãe da criança, Monique Medeiros, foram presos nesta quinta; delegado disse que Jairinho cometeu agressões que mataram o garoto e que Monique foi conivente

Matheus Herbert

08/04/2021 às 16:43  atualizado em 13/09/2021 às 15:50

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Vereador Dr. Jairinho durante prisão na manhã desta quinta-feira no Rio de Janeiro

Vereador Dr. Jairinho durante prisão na manhã desta quinta-feira no Rio de Janeiro | /JOSÉ LUCENA/FOLHAPRESS

Na tarde desta quinta-feira, o delegado Henrique Damasceno, responsável pela investigação da morte do menino Henry Borel, afirmou ter certeza de que o vereador Dr. Jairinho foi o autor das agressões que mataram o menino e de que a mãe dele, Monique Medeiros, foi conivente. O casal foi preso na casa de parente de Monique em Bangu, zona oeste do Rio, na manhã desta quinta.

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“Não resta a menor dúvida, em relação aos elementos que nós temos, sobre a autoria do crime, dos dois”, disse o delegado.

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De acordo com Damasceno, a investigação ainda não foi encerrada, mas já há "provas muito fortes, muito convincentes, a respeito de toda essa dinâmica e da participação de cada um deles".

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A mãe e o padrasto do menino Henry Borel, morto com sinais de violência no começo de março, foram presos por homicídio duplamente qualificado, por tentar atrapalhar as investigações do caso e por ameaçar testemunhas para combinar versões.

Como revelado pela polícia, uma conversa por mensagens de WhatsApp entre a mãe da criança e a babá mostrou que Henry foi agredido pelo padrasto semanas antes de morrer. O diálogo também mostrou que Monique sabia da agressão sofrida no dia 12 de fevereiro.

Ainda de acordo com o delegado, a mãe não só se omitiu, como também protegeu o namorado.
“Ela esteve em sede policial, em depoimento, por mais de 4 horas, apresentando uma declaração mentirosa, protegendo o assassino do próprio filho. Não há a menor dúvida, que ela não só se omitiu, quando a lei exigia que ela deveria fazer [relatar o crime], como também concordou com esse resultado”, complementou Damasceno.

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A criança morreu no apartamento onde Jairinho e Monique moravam, na Barra da Tijuca, no último dia 8 de março. Inicialmente, o caso foi tratado como um acidente, como se o menino tivesse caído da cama, mas perícias médicas constataram que a vítima havia sido vítima de agressões.

O laudo médico na época apontou diversas lesões no garoto, entre elas: múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores; contusão no rim e hemorragia interna.

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