A+

A-

Alternar Contraste

Domingo, 10 Novembro 2024

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta

Cotidiano

Na ONU, Lula reforça compromisso no combate à desigualdade

De volta ao Parlamento, Lula fala para o mundo no debate-geral da Assembleia lembra questões ambientais, a sustentabilidade, pediu o fim das guerras e criticou a própria Organização

19/09/2023 às 16:07  atualizado em 19/09/2023 às 17:17

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
Lula é o presidente brasileiro que mais discursou no Parlamento da ONU

Lula é o presidente brasileiro que mais discursou no Parlamento da ONU | Ricardo Stuckert/PR

O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), esteve no púlpito do debate-geral da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas nesta terça (19). Em seu discurso, o Chefe do Executivo do Brasil aproveitou para reforçar seu compromisso no combate à desigualdade.

Continua depois da publicidade

A última vez que o Presidente da República havia discursado na ONU havia sido em 2009. Ele parece ter se ressentido de precisar refazer um discurso antigo.

“Muitos sucumbiram à tentação de substituir um neoliberalismo falido por um nacionalismo primitivo, conservador e autoritário”, lembrou Lula. Um retrocesso que no mundo todo só escancara a desigualdade que, segundo o próprio presidente, ele pensou que não veria mais, nem que precisaria voltar para combater. Lula também falou de fome, da necessidade de o mundo apoiar o cone sul nas questões ambientais, do combate ao racismo à LGBTfobia e ao preconceito de gênero.

“Somente movidos pela força da indignação, poderemos agir com vontade e determinação para vencer a desigualdade e transformar efetivamente o mundo a nosso redor”, foi o recado de Lula em pouco mais de 20 minutos.

Continua depois da publicidade

Sobre as questões ambientais o presidente também falou sobre que o que há alguns anos achávamos que apenas outras gerações viveriam. O meio ambiente está completamente revolto, “a emergência climática torna urgente uma correção de rumos e a implementação do que já foi acordado”, disse Lula cobrando apoio financeiros dos chamados países desenvolvidos.

Acordo de Paris

O Presidente falou bem basicamente para os membros do Acordo de Paris. “Sem mobilização de recursos financeiros e tecnológicos, não há como implementar o que decidimos. A promessa de destinar US$ 100 bilhões aos países em desenvolvimento permanece apenas isso. Uma promessa”, declarou Lula.

Continua depois da publicidade

Sobre desenvolvimento sustentável, Lula lembrou que antes todo mundo falava da Amazônia, mas que agora a Amazônia fala por si só, como foi o caso da Cúpula de Belém e do Plano de Transformação Ecológica apresentado por países que possuem parte do bioma amazônico em suas fronteiras.

“Os dez por cento mais ricos da população mundial são responsáveis por quase a metade de todo o carbono lançado na atmosfera. Nós, países em desenvolvimento, não queremos repetir esse modelo. No Brasil, já provamos uma vez e vãos provar de novo que um modelo socialmente justo e ambientalmente sustentável é possível”, relatou Lula se solidarizando com os recentes desastres ambientais no Marrocos, na Líbia e no nosso querido Rio Grande do Sul.

Além de outros temas destaque ainda para as críticas que Luiz Inácio fez ao Fundo Monetário Internacional (FMI), ao Banco Mundial e à própria ONU. O montante disponibilizado pelo Fundo para países europeus foi estrondoso, US$ 160 bilhões, enquanto para países africanos, houve a destinação de apenas US$ 34 bilhões. Uma “representação desigual e distorcida”, segundo Lula. Para o presidente, essa foi uma das forças que levou o BRICS a ampliar seus países-membros, o que Lula chamou de “imobilismo”, defendeu.

Continua depois da publicidade

Antes da defesa da Ucrânia, já que Vlodymyr Zelensky não tirava os olhos do presidente, Lula lembrou de outros conflitos armados ao redor do mundo. E criticou as sanções impostas à Rússia, para o presidente brasileiro, esse não é o melhor mecanismos, mas sim “escancara a incapacidade dos países que são membros da ONU com o alcance da paz, dificultam os processos de mediação, prevenção e resolução pacífica de conflitos”, afirmou Lula, que abriu agenda na próxima quarta-feira (20) para receber Zelensky.

Lula quer que o Brasil seja reconhecido, em 2030, por ter cumprido, além dos 17 objetivos sustentáveis da Agenda de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Apresentou o objetivo de número 18: Combater a desigualdade racial. Lula retorna ao Brasil no próximo sábado, e é o presidente brasileiro que mais discursou na Assembleia das Nações Unidas: oito vezes.

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados