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O museu havia fechado as portas após uma ação movida por um deputado bolsonarista | Joe Silva/Gazeta de S. Paulo
O Museu da Diversidade Sexual, que foi fechado no dia 8 de abril devido a uma ação movida por um deputado estadual bolsonarista, será reaberto no próximo dia 9. A retomada das atividades foi permitida mediante uma nova decisão da Justiça paulista, expedida nesta quarta (31), que deu parecer favorável à contestação do governo de São Paulo quanto à ação original.
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A ação movida pelo deputado, e que resultou na paralisação das atividades do museu, questionava as contas da Organização Social Instituto Odeon, responsável pelo espaço. Com a nova decisão da juíza da 5ª Vara de Fazenda Pública, o espaço irá retomar no dia 9 a exposição “Duo Drag”, que estava prevista para estrear antes da decisão judicial que determinou que o museu fechasse as portas.
Exposição Duo Drag
Depois de parado por quatro meses, o museu irá trazer uma mostra reúne fotografias de cinquenta Drag Queens que movimentam a cena paulistana desde os anos de 1980 até artistas iniciantes em suas carreiras, retratadas pelas lentes do fotógrafo Paulo Vitale. O texto conta com informações do "g1".
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A curadoria da exposição é de Leonardo Birche, e inclui o trabalho de artistas como Silvetty Montilla, Marcia Pantera, Kaká Di Polly, Miss Judy Rainbow e Lysa Bombom, todos referências nesta arte.
Os visitantes terão ainda a oportunidade de conhecer e ouvir as pessoas que estão por trás das roupas e maquiagens nos vídeos de entrevistas previstos na exibição.
Imbróglio judicial
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Na ação que resultou no fechamento do museu, o deputado estadual Gil Diniz (PL), apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), alegou que o Instituto Odeon, responsável pelo espaço, era suspeito de irregularidades na administração do Theatro Municipal. Na época, o contrato da entidade foi rompido por reprovação das contas.
A juíza Carmen Cristina Teijeiro e Oliveira julgou procedente a queixa do deputado porque, segundo ela, as circunstâncias apresentadas pelo deputado "colocavam em dúvida a idoneidade do Instituto Odeon, bem como a incerteza quanto à existência de penalidades eventualmente aplicadas ao Instituto em razão do descumprimento contratual".
Histórico do museu
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Criado em maio de 2012, o Museu da Diversidade Sexual visa a formação de acervo, divulgação e publicação de documentos, estudos, relatos, depoimentos e outros materiais referentes à memória e à história política, econômica, social e cultural da comunidade LGBT no Brasil.
Quando inaugurado, o então governador Geraldo Alckmin (PSB) também atribuiu ao museu a missão de promoção e apoio a eventos culturais, cursos, conferências, palestras e pesquisas, com o objetivo de promover e divulgar a produção cultural relacionada com a diversidade sexual no estado.
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