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As mulheres brasileiras ainda trabalham quase o dobro de horas que os homens nos afazeres domésticos e cuidados de parentes, segundo os dados da publicação. Outras Formas de Trabalho 2018, divulgados na sexta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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O estudo, que teve como base informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), afirma que, enquanto as mulheres dedicaram, em média, 21,3 horas semanais a afazeres ou cuidados de parentes, os homens só empenharam 10,9 horas nesse tipo de tarefa.
Se somadas as jornadas de trabalho mais as tarefas domésticas e cuidado de pessoas, as mulheres trabalharam 3,1 horas a mais do que os homens: elas somam 53,3 horas semanais de trabalho, enquanto os homens trabalham 50,2 horas semanais.
"É importante como trabalho para as mulheres, mas também para o PIB (Produto Interno Bruto). Isso tudo é produto, esse trabalho tem que ser valorado, é importante", defendeu Marina Aguas, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, acrescentando que a contabilização desse tipo de trabalho no cálculo do PIB ainda está em estudo no instituto, sem previsão para ser incluído nas Contas Nacionais.
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As mulheres ainda foram maioria nos cuidados com a casa: 145,1 milhões de pessoas com 14 anos ou mais de idade realizaram afazeres domésticos no ano passado, sendo 68 milhões de homens e 82,1 milhões de mulheres. "Há um fenômeno estrutural, que é as mulheres fazerem mais afazeres domésticos que os homens. A taxa de participação dos homens até vem caminhando um pouco no sentido de melhorar, mas ainda é um problema estrutural no nosso País", explicou Aguas.
Apesar da diferença, houve melhora na atuação masculina nas tarefas domésticas nos últimos dois anos. Em relação a 2016, mais 11,1 milhões de homens passaram a participar também dos cuidados com a casa. Entre as mulheres, mais 4,1 milhões declararam fazer algum tipo de tarefa
doméstica.
Como consequência, a taxa de realização de afazeres domésticos das mulheres (92,2%) permaneceu superior à dos homens (78,2%). (EC)
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