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Cotidiano
Marco Aurélio Cardenas Acosta foi morto com tiro à queima-roupa disparado por policial militar, em São Paulo
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Jovem foi baleado durante abordagem policial | Reprodução
Uma mulher que acompanhava o estudante de medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, assassinado nesta quarta-feira (20/11), afirma que foi agredida por ele no quarto do hotel antes da chegada da polícia.
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O estudante foi morto com tiro à queima-roupa disparado por um policial militar, na zona sul de São Paulo. A abordagem policial ocorreu em um hotel da rua Cubatão, na Vila Mariana, por volta das 3h.
Em depoimento à Polícia Civil, a acompanhante contou que trabalha como garota de programa e conhecia o estudante há dois anos. Ela disse que o estudante a agrediu na cabeça durante uma discussão. Durante o depoimento, a mulher contou já conhecer o rapaz há cerca de dois anos, mas que ele supostamente lhe devia R$ 20 mil por programas já realizados.
O estudante teria alugado o quarto por cerca de uma hora e ela teria aceitado o 'convite' por R$ 250.
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Conforme o depoimento, acessado e divulgado inicialmente pelo portal g1, os dois discutiram e o estudante a teria agredido na cabeça. Após ela gritar, o recepcionista do hotel teria ligado para perguntar o que havia acontecido. Apesar do estudante responder ao recepcionista que estava tudo bem, ao fundo, a mulher teria gritado que não estava. Por isso, o recepcionista chamou a Polícia Militar.
Os policiais perseguiram o jovem pelo corredor do hotel, segundo vídeo publicado pelo portal g1, e tentaram contê-lo. Foi neste momento que um dos policiais atirou na altura do peito do estudante. Os policiais alegaram que o jovem teria tentado pegar a arma do outro policial.
No boletim de ocorrência, os policiais alegaram que o estudante estava “bastante alterado e agressivo”, e, que teria resistido à abordagem dos PMs Guilherme Augusto Macedo e Bruno Carvalho do Prado.
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Marco Aurélio foi socorrido e encaminhado ao Hospital Ipiranga, mas não resistiu. O caso foi registrado como morte decorrente de intervenção policial e resistência.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) se pronunciou por meio de nota e afirmou que os policiais estão afastados até a conclusão dos inquéritos que vão apurar o caso.
“As polícias Civil e Militar apuram as circunstâncias da morte de um homem de 22 anos, ocorrida na madrugada desta quarta-feira (20/11), na Vila Mariana, na capital paulista. Os policiais envolvidos na ocorrência prestaram depoimento, foram indiciados em inquérito e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações.”
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Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, era o filho caçula de um casal de médicos peruanos naturalizados brasileiros que se mudou há mais de duas décadas.
Segundo informações da mãe, Silvia Mônica, para a TV Globo, Marco Aurélio nasceu prematuramente e concluiu o ensino médio com apenas 15 anos. A família contou que ele chegou a ser aprovado no vestibular para cursar direito, mas escolheu seguir o caminho dos pais e do irmão, na medicina.
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