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Cotidiano
Sistema Emas é usado no Aeroporto de Congonhas desde 2022 e permite evitar acidentes graves envolvendo aviões que ultrapassem a pista
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Avião caiu na manhã desta quinta em Ubatuba | Marisol Hoffmann
O acidente aéreo que causou uma morte e deixou cinco pessoas feridas em Ubatuba, na manhã desta quinta-feira (9/1), poderia ter sido evitado caso o aeroporto municipal tivesse implementado o sistema Emas (Engineered Material Arresting System), segundo especialistas. O método é utilizado no Aeroporto de Congonhas desde 2022.
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O Emas foi pensado para evitar acidentes graves envolvendo aviões que ultrapassem a pista, especialmente as curtas, como o ocorrido no litoral norte paulista. É similar às áreas de escape vistas em rodovias pelo País.
A aeronave literalmente atola em uma gigantesca “cama” preenchida com concreto espumoso feito à base de vidro reciclado. O objetivo é forçar uma parada emergencial.
O método foi desenvolvido na década de 1990 e está em uso no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, desde 2022, além de ser utilizado em vários outros aeroportos do mundo.
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Na inauguração do Emas, o então ministro da Infraestrutura (e hoje governador de São Paulo), Tarcísio de Freitas (Republicanos), exaltou a importância do sistema.
“Já investimos na pista com a camada porosa de atrito, que aumenta a aderência das aeronaves e elimina o problema de aquaplanagem, e agora o Emas, que será instalado nas duas cabeceiras. É investimento sobretudo em segurança”, destacou Tarcísio.
Em Congonhas, ocorreu um trágico acidente em 2007, quando um avião escapou da pista durante a aterrissagem e se chocou com um edifício. No episódio, 199 pessoas morreram.
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Para o ex-candidato a prefeito de Taboão da Serra Marcos Costa (Novo), que trabalhou durante boa parte da carreira em empresas aéreas como Varig, Azul e Latam, é fundamental que o método se espalhe pelo País.
“O acidente de hoje cedo em Ubatuba mostra que tem que ser implantado nesses aeroportos o sistema Emas. Fica o apelo à Anac e outras autoridades para serem construídos esses dispositivos em vários aeroportos do Brasil”, explicou Costa à Gazeta na tarde desta quinta.
Ele também foi auditor de Operações do Aeroporto Catarina, em São Roque, no interior de São Paulo.
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De acordo com Pablo Miranda, presidente da Kibag Brasil, empresa que instalou o Emas em Congonhas, essas placas são formadas por concreto e esferas de sílica, que se rompem quando há pressão sobre elas.
“A energia do movimento do avião indo em direção a essa estrutura é transformada em energia de rompimento das camadas das pedras do Emas. Conforme o avião vai avançando nessa ‘cama’, ele vai desacelerando”, disse ele, em entrevista ao UOL.
O Aeroporto Santos Dumont, no Rio, também anunciou que implantará o sistema de segurança.
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“O Emas é uma obra importante para o Santos Dumont, que é limitado, fisicamente, pela Baía de Guanabara. O investimento de R$ 170 milhões no terminal vai garantir uma segurança aeroportuária ainda maior”, destacou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, em 2023, ao anunciar a novidade.
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