A+

A-

Alternar Contraste

Quarta, 18 Setembro 2024

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta

Cotidiano

MTST diz que GCM tenta impedir movimento de distribuir marmitas na Sé

De acordo com a coordenadora geral da Cozinha Solidária do MTST, a ação da GCM ocorreu pelo terceiro dia seguido nesta quinta-feira

Bruno Hoffmann

04/05/2023 às 18:21  atualizado em 04/05/2023 às 18:28

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
Guilherme Boulos durante inauguração da Cozinha Solidária da Praça da Sé, em foto de arquivo

Guilherme Boulos durante inauguração da Cozinha Solidária da Praça da Sé, em foto de arquivo | Divulgação

Agentes da GCM (Guarda Civil de São Paulo) tentaram impedir nesta quinta-feira a distribuição de marmitas pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) a pessoas em situação de rua na praça da Sé, no centro da Capital, segundo o movimento.

Continua depois da publicidade

A Vigilância Sanitária foi acionada, e técnicos realizaram inspeção na cozinha do movimento, localizada na rua Venceslau Brás.

A ação ocorreu por volta do meio-dia, e as marmitas, então, foram entregues. De acordo com a coordenadora geral da Cozinha Solidária do MTST, Cecília Gomes de Souza, a ação da GCM ocorreu pelo terceiro dia seguido nesta quinta-feira. Segundo ela, os guardas disseram que a medida faz parte do processo de revitalização da praça da Sé.

Procurada, a GCM não se manifestou até a publicação deste texto.

Continua depois da publicidade

"Há três semanas está acontecendo isso, e eles [GCM] começaram a ficar mais agressivos. Já é o terceiro dia consecutivo", disse Souza.

Em nota, o MTST afirma que a prefeitura mobilizou 12 agentes, em quatro viaturas e quatro motocicletas, para a ação.

"É de uma desumanidade atroz impedir que pessoas com fome sejam alimentadas", diz o advogado Yan Bogado Funck, na nota. "Isso para não falar de uma ilegalidade atroz. É dever constitucional do poder público garantir dignidade às pessoas."

Continua depois da publicidade

No mês passado, a Prefeitura de São Paulo cercou a praça da Sé com grades. O subprefeito responsável pela área, coronel Alvaro Camilo, disse na ocasião que a medida era parte das ações de zeladoria para a região e classificou a situação atual da praça como de "desordem urbana".

A colocação dos gradis acontece em meio à alta de casos de violência no centro. O 1º Distrito Policial, que inclui a Sé, registrou no primeiro bimestre do ano a maior quantidade de roubos da série histórica, iniciada em 2002.

A Defensoria Pública de São Paulo recomendou a retirada das grades da praça e pediu à gestão Ricardo Nunes (MDB) informações sobre as ações do município na região central. Segundo a Defensoria, as grades violam o direito das pessoas de ir e vir e de permanecer no local, e a prefeitura não especificou de que forma a instalação de grades poderia reduzir a criminalidade.

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados